Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Portugal, Maria Amélia Lobato |
Orientador(a): |
Santos, Elizabeth Moreira dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4531
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo identificar e analisar aspectos decorrentes da introdução do preservativo feminino na complexa dinâmica da negociação da prevenção da transmissão heterossexual das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e em especial do vírus HIV. Buscou-se responder a questões, como por exemplo, se o dispositivo influencia (ou não) as negociações sexuais entre homens e mulheres, e de que maneira(s) isso ocorre. Visa-se explorar o possível potencial do produto para comunicação e negociação, investigando-se até que ponto trata-se de um artefato tecnológico que cria condições favoráveis à adoção de práticas sexuais seguras. O preservativo feminino, único método de barreira de dupla proteção, ou seja, contraceptivo e preventivo à transmissão das DST controlado, ou iniciado pelas mulheres, configura avanço dentro da pequena disponibilidade existente de métodos de prevenção. O produto vem sendo comercializado no país desde 1997, e distribuído gratuitamente em diversos Estados desde 2000, por iniciativa da Coordenação Nacional de DST/AIDS (CN DST/aids). A pesquisa de campo teve por instrumento entrevistas individuais semi-estruturadas com homens e mulheres usuários, ou não, de preservativos femininos e masculinos em Vitória (ES), sendo a maioria deles participante dos serviços de distribuição de preservativos, e suas redes de sociabilidade (indicações de sujeitos para novas entrevistas). Podemos caracterizar para efeito de análise, três tipos de situações interativas nos encontros eróticos e sexuais: 1. Relações onde um dos indivíduos, ou ambos, consideram a prevenção como um compromisso e valor fundamental do qual não abrem mão; 2. Relações onde um, ou ambos os envolvidos, tem iniciativa de negociar as práticas a serem adotadas, ou seja, há uma atitude baseada na autonomia, mas não necessariamente assume-se um compromisso consistente com a prevenção; 3. Relações onde um dos indivíduos (em geral a mulher) se submete ao desejo do outro, não havendo consenso mútuo. Artefatos tecnológicos podem meramente gerar efeitos pontuais, caso não ocorram mudanças estruturais estratégicas. As escolhas sobre uso de método de proteção envolvem inúmeras dimensões que vão desde a relação entre desejo e risco, até a problematização do controle da sexualidade do outro. Busca-se tanto compreender os múltiplos significados das práticas sexuais humanas, como contribuir para ações que efetivamente possam controlar a epidemia mantendo a ética e a solidariedade. |