Avaliação da assistência e da qualidade de vida do paciente de hemodiálise na região metropolitana do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ermida, Valdir Sergio
Orientador(a): Portela, Margareth Crisóstomo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2530
Resumo: Este estudo foi desenhado para investigar potenciais relações entre características dos pacientes e características assistenciais, com resultados obtidos. Tendo como referência estudos do DOPPS e de Ribeirão Preto, baseia-se em inquérito realizado junto a uma amostra de 378 pacientes de hemodiálise, estratificada em 47 unidades de diálise do SUS, na região metropolitana do Rio de Janeiro, que concentra 87,2% dos pacientes de hemodiálise do estado, estimados em 8.595. Para caracterização da população de interesse, foram aplicados questionários específicos e realizada busca de informações nos prontuários, tendo sido obtidas estatísticas descritivas para variáveis demográficas, socioeconômicas e clínicas. Dados relativos à Qualidade de Vida Relacionada à Saúde foram analisados a partir de programa disponibilizado pelo KDQOL Working Group e foi utilizada, adicionalmente, a técnica de regressão logística para a identificação de fatores demográficos, socioeconômicos e clínicos explicativos de variações na qualidade de vida. Os resultados apontaram importante grau de desinformação por parte dos pacientes em relação a aspectos básicos do tratamento, embora tivessem apresentado razoável grau de escolaridade e padrão socioeconômico. Destacaram-se as associações de pior qualidade de vida física com o aumento da idade e a presença de doença cardíaca, assim como com a não inserção formal ou informal no mercado de trabalho. Em relação ao componente mental, ser do gênero masculino e ter ocupação formal ou informal no mercado de trabalho mostraram-se associados a reduções de até quase 50% nas chances de escores inferiores a 50 (escala 0-100). Quanto aos prontuários, boa parte não continha informações atualizadas e diversos marcadores encontravam-se fora do alvo, indicando uma assistência de regulação frágil. Considera-se que há espaço para o SUS reformar o marco regulatório no campo da Terapia Renal Substitutiva, com políticas de promoção da saúde no âmbito das unidades de diálise visando à reinserção social do paciente, incorporando novos indicadores de qualidade, como trabalho e lazer.