Resposta imunopatológica em macrófagos RAW 264.7 e camundongos BALB/c infectados com Leishmania infantum ao tratamento com CXCL10

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueirêdo, Webertty Mayk Eufrásio de
Orientador(a): Barbosa, Helene Santos, Teixeira, Maria Jania
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25165
Resumo: A infecção por Leishmania infantum pode ser assintomática ou sintomática (calazar), podendo neste caso, haver manifestação de formas graves e até óbito, mesmo em casos adequadamente tratados com drogas antiparasitárias. Na leishmaniose visceral por L. infantum, o hospedeiro não gera uma resposta imunológica eficaz. CXCL10 é uma quimiocina indutora da produção de IFN-\03B3 e, portanto, associada à resposta imunológica celular de perfil Th1, considerada necessária para o controle da infecção por L. infantum. Com a perspectiva de contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas, o trabalho objetivou investigar in vitro e in vivo se o tratamento com CXCL10 confereria proteção contra a infecção. In vitro, macrófagos RAW 264.7 foram infectados com L. infantum e tratados ou não com 20, 50 e 100 ng/mL de CXCL10 para avaliação da carga parasitária, produção de NO, IL-4 e IL-10 após 24 e 48 horas do tratamento. In vivo, camundongos BALB/c foram infectados com L. infantum e tratados ou não com CXCL10 (5 \03BCg/kg; I.P) após 1, 3 e 7 dias Após 1, 7, 23 e 45 do início do tratamento foi verificado o número de parasitos em baço e fígado, a produção das citocinas IFN- \03B3, IL-4, TGF- \03B2 e IL-10 por esplenócitos, o fenótipo e a freqüência das populações de células Treg Foxp3+ e Foxp3- produtoras de IL-10 e o efeito de CXCL10 na polpa branca do baço. In vitro, CXCL10 reduziu carga parasitária, não dependente de NO, e inibiu a liberação das citocinas IL-4 e IL-10. In vivo, CXCL10 foi capaz de reduzir a carga parasitária tanto no fígado quanto no baço, quatro semanas após a infecção. Também induziu IFN-\03B3 após 23 dias de tratamento, correlacionando-se com a redução da carga parasitária, e reduziu IL-10 e TGF-\03B2. Após tratamento, houve decréscimo de células Treg produtoras de IL-10 intracelular e observou-se também que CXCL10 foi capaz de controlar a hiperplasia no baço durante a fase aguda da infecção. Este estudo sugere um papel protetor de CXCL10 contra L. infantum, mediado por IFN-\03B3, não dependente de NO, com supressão de células Treg IL-10+ e preservação da microarquitetura do baço. Esses dados podem fornecer informações para o desenvolvimento de novas abordagens para futuras intervenções terapêuticas para a leishmaniose visceral