Doença de Chagas em Bambuí: estado atual e vigilância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Matos, Christiane Santos
Orientador(a): Dias, João Carlos Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10912
Resumo: Cenário de importantes atividades no controle da doença de Chagas (DCh), Bambuí foi o primeiro município brasileiro a alcançar a vigilância epidemiológica em 1974. O presente trabalho buscou caracterizar a atual situação epidemiológica da doença de Chagas no município de Bambuí, identificando principais grupos afetados, formas clínicas predominantes e grupos do parasito circulantes nos pacientes. Foram amostrados 1.782 indivíduos, dos quais 138 (7,7%) foram sororeagentes para T. cruzi. Para ambos os gêneros predominaram soros positivos acima dos 60 anos de idade, sendo detectadas duas mulheres mais jovens (32 e 40 anos) infectadas. Nos pacientes clinicamente avaliados, foi possível diagnosticar as formas clínicas digestiva (7/101), indeterminada (14/101), cardíaca (30/101) e cardiodigestiva (50/101), bem como a presença do grupo DTU TcII, excetuando apenas dois casos de infecção mista (DTU TcI e TcII). Dos 5.429 óbitos ocorridos em Bambuí ao longo de 31 anos, 638 (11,8%) foram devido à DCh, sendo 54,5% (348/638) referente ao sexo masculino, 45,1% (288/638) ao sexo feminino e 0,3% (2/638) tiveram registro de sexo ignorado. A faixa etária na qual se registrou o maior número de óbitos no município foi de 60 a 69 anos. Com relação à morbidade, observou-se um total 22 registros de internações em Bambuí pelo Sistema Único de Saúde no período de 1984 a 2007, sendo 7 (31,82%) referentes à homens e 15 (38,69%) à mulheres. Este trabalho pode servir como um alerta ao cuidado dos pacientes crônicos que ainda requerem atenção médica especializada e reforça a necessidade de constantes medidas de vigilância epidemiológica à endemia chagásica no município de Bambuí.