Avaliação do potencial osteogênico de matrizes tridimensionais colagênicas aniônicas, reticuladas ou não, em glutaraldeído, na regeneração de defeitos críticos, em calvária de rato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Miguel, Fúlvio Borges
Orientador(a): Rosa, Fabiana Paim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5890
Resumo: 0 objetivo deste trabalho foi avaliar histomorfometricamente, por microscopia de luz comum, o potencial osteogênico de matrizes colagênicas aniônicas, reticuladas ou não em glutaraldeído, implantadas em defeitos ósseos críticos, em calvária de ratos. Foram utilizados 86 ratos divididos aleatoriamente para compor quatro grupos: Gl - matriz colagênica aniônica com 24h de hidrólise e 15min de reticulação em GA 0,05% (MCAHGA); Gll - matriz colagênica aniônica com 24h de hidrólise (MCA); GUI - matriz colagênica neutra, controle positivo (MCN) e GIV - defeito ósseo vazio, sem implantação de biomaterial, preenchido por coágulo sanguíneo, controle negativo. Os animais foram avaliados nos pontos biológicos de 15, 45, 90 e 120 dias. Os resultados evidenciaram que os biomateriais implantados nos grupos I e II foram biocompatíveis, embora tenham desencadeado inflamação crônica granulomatosa discreta e regressiva. Estas matrizes apresentaram velocidade de biodegradação compatível com a neoformação óssea, a qual se mostrou associada a angiogênese no interior das matrizes, em todos os pontos biológicos. No GUI, a fragmentação e biodegradação mostraram-se acentuadas, pela ausência de tratamento químico do colágeno. A neomineralização evidenciada nos grupos I e II apresentou aumento estatisticamente significante ao longo dos tempos. O percentual de mineralização do Gll (87%) foi estatisticamente diferente daquele encontrado no Gl (66%). Ao compararmos estes percentuais com a mineralização observada no GIV, notam-se diferenças muito significantes. Neste último, assim como no GUI, a neoformação óssea esteve limitada às bordas do defeito com fibrose na área seccional do defeito. Conclui-se que as matrizes colagênicas aniônicas apresentaram potencial osteogênico mais evidente nas matrizes sem reticulação em glutaraldeído. Estas matrizes apresentam grande potencial de aplicabilidade clínica, nas terapias regenerativas ósseas