Estudo ultraestrutural da resposta imune celular em Rhodnius prolixus (Hemiptera; Reduviidae; Triatominae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Borges, Andrezza Raposo
Orientador(a): Figueiredo, Regina Célia Bressan Queiroz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3933
Resumo: No presente estudo nós usamos microscopia eletrônica e confocal a laser para caracterizar morfologicamente os hemócitos de ninfas de quinto estádio em Rhodnius prolixus, bem como a resposta imune celular deste inseto contra partículas bióticas e abióticas. Seis tipos de hemócitos foram encontrados: prohemócitos, plasmatócitos, oenocitóides, granulócitos tipo I e tipo II e adipohemócitos. Plasmatócitos e prohemócitos foram os tipos celulares mais abundantes nestes insetos. Através do uso da marcação com laranja de acridina e microscopia confocal a laser os prohemócitos foram facilmente distinguidos das demais células por apresentarem fluorescência homogênea e ausência de compartimentos ácidos. Os plasmatócitos, granulócitos tipo I e II e os oenocitóides apresentaram compartimentos acídicos que variaram em tamanho, distribuição e intensidade de fluorescência. Oenocitóides apresentaram uma forte fluorescência no citoplasma e uma marcação característica no núcleo. Uma fraca marcação foi observada nos adipohemócitos e as inclusões lipídicas presentes no citoplasma destas células não puderam ser visualizadas através da microscopia confocal. A porcentagem relativa de plasmatócitos e prohemócitos variou consideravelmente após a inoculação de bactérias e partículas de látex. Nossos dados demonstraram que os plasmatócitos são os únicos tipos celulares envolvidos na fagocitose. Como em células de mamíferos, dois modos distintos de fagocitose puderam ser observados: fagocitose tipo “trigger” e “zipper”. Processos de melanização e microagregação não foram observados contra partículas de látex e Escherichia coli. Por outro lado, R. prolixus produziu uma forte reação de melanização contra Staphylococcus aureus. As alterações ultraestruturais observadas em plasmatócitos, adipohemócitos e oenocitóides sugerem que estes hemócitos estão diretamente envolvidos na defesa imune de R. prolixus contra partículas estranhas.