Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sejas, Claudia Gladys Flores |
Orientador(a): |
Clementino, Maysa Beatriz Mandetta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35961
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Resumo: |
No ambiente hospitalar, principalmente em UTI, o aumento na incidência de micro-organismos multirresistentes é considerado um dos principais problemas no tratamento das infecções hospitalares e de saúde pública global. Uma das rotinas incluídas na prática hospitalar é o monitoramento de pacientes, através de culturas de vigilância nasais, orais e retais. O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência aos antibióticos, a variabilidade genética e as relações clonais em isolados de K. pneumoniae e E. coli produtoras de ESBL. Setenta isolados de K. pneumoniae e 47 de E. coli foram obtidos através de culturas de vigilância de origem retal na admissão do paciente na UTI de um Hospital Federal no Rio de Janeiro, seguida por controle semanal, entre março de 2013 e março 2014. O perfil de susceptibilidade aos antibióticos (CIM) foi avaliado através do sistema automatizado VITEK II. Foram pesquisados os genes de resistência blaSHV-1, blaTEM-1, blaOXA-1, blaKPC-2, blaOXA-48, blaCTX-M-15, blaVIM, blaIMP e blaNDM-1 pela PCR e determinada a diversidade genética entre os isolados (ERIC-PCR). E. coli e K. pneumoniae apresentaram altos percentuais de resistência à cefepime (98% e 94%, respectivamente) e à ceftazidima (100% e 96%, respectivamente). Somente os isolados de K. pneumoniae demonstraram resistência a ertapenem (61%), imipenem (54%) e meropenem (43%). Em relação à ciprofloxacina, 69% e 28% dos isolados de K. pneumoniae e E. coli foram resistentes, respectivamente. Os genes blaSHV-1 (69%), blaTEM-1 (63%), blaCTX-M-15 (47%), blaOXA-1 (60%), blaKPC-2 (57%) e blaOXA-48 (16%) foram detectados em K. pneumoniae e apenas blaTEM-1 (49%), blaCTX-M-15 (39%) e blaOXA-1 (49%) em E. coli, entretanto blaVIM, blaIMP e blaNDM-1 não foram detectados nos isolados. Foram evidenciados, ainda, isolados de E. coli carreando até três diferentes genes e K. pneumoniae com até seis genes responsáveis pela produção de diferentes β-lactamases. A tipificação molecular indicou uma grande diversidade genética entre os isolados de K. pneumoniae (68 perfis ̸ 70 isolados ) e de E. coli (37 perfis ̸ 47 isolados).Os dados obtidos neste estudo ressaltam a importância de culturas de vigilância como ferramenta preventiva, destacando-se a necessidade de identificação dos mecanismos de resistência e genes envolvidos que poderão colaborar com a prevenção da crescente e relevante multirresistência bacteriana. |