Perspectiva econômica no cuidado intensivo neonatal: uma análise de custos hospitalares e para cuidadores de recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Italo Bruno dos Santos
Orientador(a): Moreira, Martha Cristina Nunes, Pinto, Márcia Ferreira Teixeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56204
Resumo: Em relação à demanda de recursos de saúde da atenção do RN e ao custo incorrido pelas famílias, esta dissertação se justifica por apresentar duas perspectivas de análise econômica: uma análise de custo direto sob a perspectiva do SUS provedor, através de uma estimativa de custos hospitalares do cuidado neonatal em uma UTIN selecionada em um hospital de referência nacional no município do Rio de Janeiro, e uma análise de custo indireto, sob a perspectiva das famílias, centrada no cuidador durante o período de internação nesta UTIN. O objeto desta pesquisa se centra na análise de custo do cuidado neonatal durante a internação do RN na UTIN, sob a perspectiva do SUS como provedor da atenção à saúde, e sob a perspectiva da família dos RN. Compreende-se, ainda, que os resultados obtidos nesta pesquisa poderão ser utilizados em estudos de avaliação econômica completos, além de incentivar pesquisas com a mesma temática, fortalecendo o conhecimento sobre as avaliações econômicas no campo do cuidado neonatal no Brasil. O custo direto evidenciou diferenças significativas em recém-nascidos com e sem malformações: a mediana do custo total foi 141% maior naqueles com malformação. O impacto na renda das famílias, abordadas neste estudo em virtude da internação de seus bebês na unidade neonatal, foi revelador ao demonstrar que, em pouco tempo de internação, um número expressivo de famílias experimentou gastos catastróficos: 69,4% das famílias (34 famílias), quando considerado o limiar de 10% da renda, e, para o limiar de 40%, 20,3% (10 famílias), e que esses gastos influenciaram diretamente, de forma negativa, na vivência desse processo, acendendo um sinal de alerta, pois uma parte desta população de RN não encerra sua demanda intensiva por cuidados assistenciais de saúde com a passagem pela unidade neonatal.