Análise da implementação dos serviços farmacêuticos na atenção primária brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Nathália Cano
Orientador(a): Luiza, Vera Lucia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48080
Resumo: Tratou-se de uma Pesquisa de Implementação (Implementation Research), uma vez que pretendeu descrever os processos utilizados na implementação dos Serviços Farmacêuticos (SEFAR) na Atenção Primária em Saúde (APS), bem como os fatores contextuais que afetam esses processos. Metodologia: Essa pesquisa será divida em dois estudos. O primeiro destinouse à definição do grau de implementação dos Serviços Farmacêuticos na APS nos municípios brasileiros contemplados no estudo “Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde: um Recorte nas Regiões do Projeto QualiSUS-Rede”. Foi utilizado o método misto sequencial exploratório, conjugando a análise qualitativa e a análise quantitativa. No segundo estudo, foram selecionados três municípios de maior grau de implementação e dois de menor grau e, por meio de uma abordagem qualitativa in loco, de estudo de casos múltiplos, investigou-se os condicionantes de contexto, que determinaram o grau de implantação observado. Resultados e Discussão: O grau de implementação (GI) nos municípios brasileiros foi considerado crítico em aproximadamente 80% da amostra investigada, representando 369 municípios com GI abaixo de 50%. A dimensão ‘Gestão Técnica do Medicamento’ apresentou GI crítico, significativamente superior ao GI da dimensão ‘Gestão do Cuidado’, considerado incipiente. Esses dados demonstram um cenário bastante alarmante para o país, principalmente para a ‘Gestão Técnica do Medicamento’, cuja expectativa era de GI acima de 75%, tendo em vista o tempo decorrido de implementação dos SEFAR-APS. No caso da Gestão do Cuidado, é compreensível seu baixo GI, por se tratar de uma dimensão de implementação tardia, cujo estímulo à implementação pelo Ministério da Saúde (MS) e pela própria categoria profissional se deu, apenas, nos últimos 10 anos. A análise de contexto dos SEFAR-APS, nesses municípios, proporcionou a identificação de diversos fatores de impacto na intervenção. Nesse sentido, ficou claro que o profissional farmacêutico é identificado pela equipe de saúde como agente implementador da intervenção. A empatia, motivação e crença apresentaram enorme impacto entre os indivíduos entrevistados. Claramente, aqueles profissionais que acreditavam nos SEFAR-APS, eram mais entusiasmados com a implementação da intervenção. Os demais aspectos de influência na implementação referem-se às características estruturais do ambiente interno e às características da intervenção, cuja responsabilidade de mudança e melhoria recai sobre gestores de alto nível.