Desfechos de tratamento e regimes terapêuticos usados para TB-HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tamogami, Fernanda de Oliveira Demitto
Orientador(a): Rolla, Valeria Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60692
Resumo: Tuberculose (TB) é a maior causa de morte entre pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA). O tratamento antirretroviral (TARV) em pacientes co-infectados representa um desafio devido às interações da rifampicina com os antirretrovirais (ARV). Pacientes com TB ativa podem apresentar níveis reduzidos de hemoglobina (Hb), o que pode afetar a morbidade associada à TB. Objetivos: analisar a efetividade dos regimes terapêuticos; caracterizar a dinâmica dos níveis de Hb; examinar as relações entre anemia e distúrbio inflamatório sistêmico, associação entre anemia persistente e desfechos desfavoráveis, e avaliar sobrevida em pacientes TB-HIV durante terapia anti-tuberculose (ATT). Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo longitudinal de pacientes com TB-HIV entre 2008 e 2016 tratados no Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz- Rio de Janeiro. Foi utilizado modelo de riscos proporcionais de Cox para avaliar a efetividade do TARV. Os pacientes foram subdivididos em virgens de ARV (VT) e previamente expostos a ARV (PE). Para sobrevida foi utilizado o método de Kaplan Meier. Parâmetros bioquímicos e contagens de células sanguíneas foram utilizados para traçar o perfil de inflamação sistêmica antes do ATT. As análises foram realizadas no software estatístico R. O primeiro artigo mostrou que para os VT, o diagnóstico de IRIS foi um fator independente significativo para mortalidade precoce. Em relação a efetividade do TARV, TB prévia e abuso de álcool foram associadas ao insucesso no grupo VT, para os PE foi CV elevada antes do início do TARV e tratamento baseados em inibidor de protease. O segundo artigo evidenciou que a maioria dos pacientes com anemia antes do início da ATT persistiu com tal condição até o dia 180. Esses indivíduos exibiram elevado grau de perturbação inflamatória (DIP), que foi inversamente correlacionado com níveis de Hb. Níveis basais de Hb mais baixos foi determinante dos desfechos desfavoráveis. Conclui-se então que os fatores de risco para mortalidade e falha do ARV foram diferentes entre VT e PE, sendo o último grupo alvo para ensaios com drogas compatíveis com rifampicina para melhorar os desfechos do tratamento desfavoráveis. A anemia persistente em PVHA durante o curso de ATT está intimamente relacionada com DIP crônica