Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gómez, Mariela Martínez |
Orientador(a): |
Leite, José Paulo Gagliardi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12180
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Resumo: |
Os Rotavírus da espécie A (RVA) são os principais agentes etiológicos causadores de gastroenterite aguda (GA) em crianças \22645 anos. Após a introdução, em março de 2006, da vacina monovalente G1P[8] (Rotarix® - RV1) no Programa Nacional de Imunizações (PNI) pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, observou-se uma mudança na epidemiologia dos genótipos de RVA circulantes na população. Apesar desta variação dos genótipos circulantes, observou-se no Brasil uma redução de 22-28% de mortes e de 21-25% de hospitalizações em crianças \02C22 anos de idade, particularmente nas regiões Norte e Nordeste. Provavelmente a variação dos genótipos de RVA, tanto no tempo quando nas regiões geográficas, esteja relacionada a diversos fatores. O fato da vacina RV1 apresentar uma constelação genética (11 genes) Wa-like pode estar influenciando na eficácia da mesma frente aos RVA que apresentem constelações diferentes, como vírus DS-1-like e AU-1-like. Neste estudo foi analisada a diversidade genética de RVA de diversos genótipos detectados no Brasil antes e após a introdução da vacina RV1 pelo PNI, tanto em crianças vacinadas quanto não vacinadas, com o intuito de: i) identificar e caracterizar variantes de RVA emergentes e reemergentes; ii) contribuir para um melhor entendimento da dinâmica evolutiva deste vírus; iii) identificar mutações pontuais e genes que foram introduzidos mediante reestruturação genética, que eventualmente posam estar vinculados ao fato de RVA causarem GA inclusive em crianças vacinadas Deve-se ressaltar que este estudo engloba amostras de diferentes regiões geográficas do Brasil, visto que dados epidemiológicos sugerem diversidades genotípicas regionais. Todas as cepas G2P[4] para as quais foram analisados os 11 segmentos gênicos apresentaram uma constelação gênica DS-1-like: I2-R2-C2-M2-A2-N2-T2-E2-H2, apesar de que diversas variantes virais circularam no período estudado. Não foram observadas diferenças nos sítios antigênicos das proteínas VP8* e VP7 entre crianças vacinadas e não vacinadas. As cepas G1P[6] analisadas apresentaram uma constelação gênica Wa-like: I1-R1-C1-M1-A1-N1-T1-E1-H1. As cepas G12P[9] apresentaram uma constelação gênica AU-1-like: I3-R3-C3-M3-A3-N3-T3-E3-H6, enquanto as cepas G12P[8] revelaram uma constelação gênica Wa-like: I1-R1-C1-M1-A1-N1-T1-E1-H1. Além disso, a análise do viéis no uso de códons de RVA genótipo G2P[4] revelou que existe uma correlação entre o viéis no uso de códons e a composição de bases, o que sugere que a pressão mutacional é um fator importante na determinação do viéis no uso de códons em RVA humanos |