Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Emília Carolle Azevedo de |
Orientador(a): |
Moreira, Rafael da Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14497
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Resumo: |
Introdução: No Brasil o Schistosoma mansoni é considerada endêmica na região rural. Contudo, existe um aumento dos casos notificados em cidades maiores. Pernambuco ocupa o 3° lugar em prevalência na região nordeste, principalmente em áreas que circundam as zonas da mata. Entretanto, a partir da década de 90, a Região Metropolitana do Recife tem sido considerada uma área endêmica para esquistossomose. Objetivo: Investigar a autoctonia dos casos e óbitos por esquistossomose na cidade do Recife, no período de 2005 a 2013, e definir o perfil socioeconômico, demográfico e sócio espacial dos pacientes. Metodologia: Estudo de corte transversal de base populacional através do levantamento de dados secundários compostos por óbitos por causa básica de esquistossomose registrados no Sistema de Informação de Mortalidade em 2005 a 2013, mais os casos de esquistossomose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação em 2007 a 2013 para a cidade do Recife. Foi realizada a busca ativa dos familiares dos óbitos para aplicação de inquérito como complemento das informações. Resultados: No Sistema de Informação de Mortalidade foram identificados 297 óbitos por causa básica de esquistossomose e foi realizada a busca ativa de 130 familiares desses óbitos. Em média ocorrem 33 (DP=5,34) óbitos anuais por esquistossomose no município de Recife. No relacionamento probabilístico das notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e óbitos do Sistema de Informação de Mortalidade, 23 foram pareados. A maioria dos pacientes que foi a óbito por esquistossomose residiu em município não endêmico para a doença e veio para o Recife por razões familiares. Os informantes mencionaram que 76,2% viajaram para outros municípios, onde a metade era endêmico, em busca de lazer. Em se tratando dos fluxos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e Sistema de Informação de Mortalidade, 23,8% e 20,8% respectivamente registravam o Recife como munícipio de infecção. Conclusão: A maioria dos óbitos registrados no Sistema de Informação de Mortalidade, não foi notificado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A investigação dos óbitos por esquistossomose demonstrou que existiu uma parcela de indivíduos que nunca viajou para fora do Recife e mesmo assim evolui para a fase crônica da doença com desfecho para o óbito. Assim como, 23,8% dos casos notificados no Sinan, cujo município de infecção é a cidade do Recife. Embora os depoimentos dos familiares, na investigação dos óbitos, sugiram a existência de autoctonia não se pode afirmar diante dos relatos que os 20,8% dos indivíduos investigados sejam casos autóctones, por causa do viés de memória dos seus parentes. Visto que, se a pessoa investigada mencionasse uma única vez que visitou alguma área endêmica para esquistossomose seria descartada a autoctonia |