Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Hoagland, Brenda Regina de Siqueira |
Orientador(a): |
Schubach, Armando de Oliveira,
Schubach, Tânia Maria Pacheco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27900
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Resumo: |
A Leishmaniose é uma doença infecto-parasitária endêmica em 88 países de 4 continentes. Mais de 90% doscasos cutâneos ocorrem no Irã, Afeganistão, Arábia Saudita, Brasil e Peru, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) (World Health Organization, 1998). Nos últimos anos o Brasil tem registrado média anual de 35 mil novos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). (Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde et al., 2003). Neste trabalho foi realizado um estudo do tipo série de casos, de acompanhamento longitudinal, com o objetivo de avaliar a eficácia do uso de baixas doses de antimônio, em diferentes esquemas terapêuticos, para o tratamento das formas cutânea (LC) e mucosa (LM) de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Foram incluídos 272 pacientes diagnosticados com LTA, atendidos no período entre 1º de janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2004 no Centro de Referência em Leishmanioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (VigiLeish/IPEC). Deste total de pacientes, 201 apresentavam LC e 71 com LM, sendo 173 (64%) homens e 99 mulheres (36%), cujas idades variaram entre 2 e 92 anos A escolha dos esquemas terapêuticos (contínuo, em séries e intralesional) foi definida de acordo com as características clínicas de cada paciente, como: idade, presença de co-morbidades, medicação concomitante e forma clínica da LTA. Todos foram tratados com doses de 5mg/Kg/dia de antimoniato de meglumina, exceto nos casos tratados por via intralesional, nos quais o volume necessário variou de acordo com o tamanho e o número de lesões. Nos pacientes com LC, a taxa epitelizaçãoapós primeiro tratamento com os esquemas terapêuticos contínuo, em séries e intralesional foram, respectivamente, de 92% (n=154), 94% (n=33) e 70% (n=10). Nos pacientes com LM, tratados com esquema contínuo e em séries, a taxa de epitelizaçãofoi de, respectivamente, 74% (n=53) e 81% (n=16). Esses pacientes não foram tratados com esquema intralesional devido à dificuldade de administração do medicamento neste tipo de lesão Foi realizado um segundo tratamento em 51 pacientes por reativação ou abandono do primeiro. Destes, 33 apresentavam LC e 18 LM. O antimônio foi novamente utilizado em 48 deles. Quinze pacientes reativaram, 10 com LC e 5 com LM, sendo indicado um terceiro tratamento. O antimônio foi utilizado em 4 pacientes com LC e 2 com LM. Apenas 1 paciente, com LM, necessitou de um quarto tratamento, após três reativações com antimônio, curando-se neste último, com anfotericina B. A eficácia do tratamento com baixas doses de antimônio, tanto nos casos de LC quanto de LM, associada à baixa freqüência e intensidade dos efeitos adversos, possibilitou o tratamento ambulatorial de pacientes idosos ou com outras co-morbidades, que necessitariam de hospitalizaçãoou receberiam contra-indicação ao tratamento convencional com 20mg Sb/Kg/dia |