Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sztajnbok, Yeti Caboudy |
Orientador(a): |
Azevedo, Vitor Manuel Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27879
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Resumo: |
Fundamento: O fechamento tardio do esterno é uma técnica bem estabelecida para aperfeiçoamento do suporte miocárdico após cirurgia cardíaca pediátrica complexa. Consideramos a hipótese que o fechamento tardio do esterno na população neonatal e pediátrica tenha impacto favorável no prognóstico destes pacientes. Objetivo: Verificar a sobrevida ligada à técnica cirúrgica de fechamento tardio do esterno nos pacientes neonatais e pediátricos portadores de cardiopatias congênitas complexas e que foram submetidos à correção cirúrgica com circulação extracorpórea (CEC), comparados àqueles que não tiveram este procedimento. Método: Estudo caso e controle realizado durante 4 anos (janeiro de 2008 a dezembro de 2011), em 103 pacientes neonatais e pediátricos até 4 anos de idade, de ambos os gêneros, portadores de diferentes cardiopatias congênitas complexas que foram submetidos à correção cirúrgica com CEC. O pareamento foi feito na proporção 1:2. O estudo foi realizado através da análise detalhada de dados coletados nos prontuários dos pacientes. Os desfechos estudados foram infecção no local da ferida operatória e o óbito em 30 dias. Para análise estatística dos resultados foram utilizados registro das frequências, das médias e seus desvios-padrão, da mediana e dos quartis, foram usados teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney ou ANOVA. A sobrevida foi estudada pelo método de Kaplan-Meier com comparação entre grupos realizada pelo teste de log rank. Foi usado o método de Cox com modelos univariados , bivariados e multivariados. Foram construídos a curva ROC e o escore de Propensão. A significância estatística foi alcançada com p<0,05 Resultados: Dos 103 pacientes, 37 compõem o grupo caso e 66 o grupo controle, com predomínio do sexo masculino e das cardiopatias cianóticas. O tempo de tórax aberto dos 37 pacientes teve como média 3,4 dias e como mediana 2,92 dias. Foi realizada curva ROC do tempo de tórax aberto a partir do qual aumenta o risco de infecção sistêmica e através dela foi determinado que o ponto de corte deste risco acrescido fosse de 2,6 dias, isto é, deve-se tentar fechar o esterno antes que ultrapasse 2,6 dias. Ocorreram 34 óbitos (33%) no total e 29 óbitos (28,15%) até 30 dias de pós-operatório. Observamos que em relação ao óbito cirúrgico (até 30 dias de pós - operatório), não houve diferença entre os grupos caso e controle, assim como em relação ao sexo. Em relação à sobrevida não houve diferença significativa entre os grupos. Conclusão: O procedimento de tórax aberto não proporcionou uma redução da mortalidade e nem uma melhora da sobrevida. Foi possível calcular o tempo limite de tórax aberto antes de o mesmo apresentar um risco acrescido de infecção. |