Análise dos casos de gastrosquise no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barreiros, Camilla Ferreira Catarino
Orientador(a): Gomes, Maria Auxiliadora de Souza Mendes, Mendes Júnior, Saint Clair dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44496
Resumo: Essa tese teve como objetivo principal analisar os processos de cuidado e desfechos de recém-nascidos com gastrosquise no estado do Rio de Janeiro. Método: É apresentada em formato de coletânea de artigo, o primeiro artigo foi uma coorte de nascidos vivos construída a partir da linkagem probabilística do SINASC e do SIM em 10 anos (2005 a 2014). Após construção da coorte foram incluídas variáveis de caracterização do local de nascimento a partir do número do CNES do nascimento, com o objetivo de observar, além das características dos RN com gastrosquise, as características do local de nascimento. O segundo artigo trata-se de um estudo observacional tipo série de casos de RN internados com gastrosquise em um centro terciário no Rio de Janeiro no período de 5 anos (2013 a 2017). Resultados: No primeiro artigo destaca-se que os prematuros e os RN com baixo peso ao nascer tiveram maior chance de óbito, com significância estatística, valor de p=0,03 e 0,006, respectivamente. Em relação ao local de nascimento, o nascimento em uma unidade hospitalar em específico foi fator de proteção quando comparado ao nascimento ocorrido nas demais unidades. Além disso, nascer em unidades de UTIN tipo II aumentou o risco de óbito em 3,9 vezes. No segundo artigo observou-se que o tempo de internação não foi diferente entre os grupos dos expostos (nascidos fora do centro terciário) e não expostos (nascidos no centro terciário), no entanto a chance de morrer foi maior no grupo dos expostos. Conclusão: Esse estudo dá subsídios para a discussão de duas possíveis estratégias no tratamento à RN com gastrosquise. A primeira seria a centralização do nascimento e cuidado aos RN com gastrosquise em unidades terciárias. E a segunda seria a elaboração de diretrizes clínicas que padronizem o cuidado imediato e transporte dos RN com gastrosquise nascidos fora de centros terciários.