Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Simons, Dione Alencar |
Orientador(a): |
Araújo Júnior, José Luiz do Amaral Corrêa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3891
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Resumo: |
São conhecidos os problemas dos serviços de urgência/emergência em todo o Brasil, com superlotação, escassez de recursos humanos e materiais, inadequação entre oferta e demanda, principalmente pela absorção de casos 'simples' que poderiam ser atendidos em outros serviços de menor complexidade. A demanda excessiva sinaliza para as dificuldades de acesso da população às ações e serviços de saúde, mesmo após a reforma do sistema de saúde no Brasil e implantação do processo de municipalização da saúde e do Programa Saúde da Família. Com o objetivo de avaliar o perfil da demanda na Unidade de Emergência em Alagoas, a partir da municipalização e do Programa Saúde da Família em Alagoas, foi utilizado um desenho observacional-transversal com 7.104 registros referentes a 1998, 2001 e 2004 e analisadas as variáveis: sexo, idade, setor e horário do atendimento, procedência, diagnóstico, habilitação dos municípios, cobertura do Programa Saúde da Família, distância do local de residência do usuário à Unidade de Emergência, e adequação. A seleção da amostra deu-se de forma sistemática, selecionando-se, em média, um a cada 64 registros do SAME. Os dados consolidados nas planilhas Excel foram analisados por meio do Epi Info 2007, windows, versão 3.4.3., bem como foram utilizados, para análise estatística, o teste do qui-quadrado, a Análise de Variância (ANOVA) e a Análise de Risco, com nível de confiança de 95 por cento. Os resultados mostraram que a clientela é formada, predominantemente, por usuários do sexo masculino, com idade entre 19 e 29 anos, residentes em Maceió e no mesmo bairro onde se situa a Unidade de Emergência, que foram atendidos na clínica médica e no período da tarde. A não-adequação dos diagnósticos foi de 84 por cento, sendo maior nos usuários do sexo feminino, no turno da manhã, na faixa etária de 30 a 39 anos, nos residentes em Maceió, em municípios circunvizinhos e no mesmo bairro da Unidade de Emergência, nos atendidos no setor de clínica médica e entre aqueles que foram liberados para seus domicílios após o atendimento. O perfil de morbidade mostrou maior percentual de agravos do capítulo 'Lesões, envenenamentos e outras conseqüências de causas externas' (capítulo XIX) da Classificação Internacional de Doenças 10ª revisão. Não houve diferença estatisticamente significativa entre municípios de Gestão Plena do Sistema Municipal e Gestão Plena da Atenção Básica e entre áreas cobertas ou não cobertas pelo Programa Saúde da Família, independente do número de equipes, em relação à adequação. Os resultados mostram que a municipalização da saúde e o Programa Saúde da Família em Alagoas não modificaram o perfil de atendimento na Unidade de Emergência, quanto à adequação da demanda. |