Associação entre rede e apoio social com auto-avaliação da saúde em idosos residentes do Município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Caetano, Silvana Costa
Orientador(a): Vettore, Mario Vianna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24621
Resumo: A concepção de saúde para o idoso dever incorporar aspectos sociais, além da presença de doenças. Apesar do idoso tender a um maior isolamento familiar e social poucos estudos investigaram se os relacionamentos sociais estão relacionados à medidas subjetivas da saúde no idoso. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre rede e apoio social com a auto-avaliação da saúde em idosos, segundo sexo. Os dados são provenientes da 1™ Pesquisa sobre Condições de Saúde e Vida de Idosos realizada pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo seccional com idosos de 60 anos ou mais de idade a partir de uma amostra probabilística em dois estágios de seleção durante a campanha de vacinação contra gripe em 2006. O desfecho foi auto-avaliação da saúde (boa e ruim) e as variáveis independentes foram organizadas em seis blocos: 1) rede e apoio social, 2) características sócio-econômicas, 3) comportamentos relacionados à saúde, 4) acesso à serviços de saúde, 5) capacidade funcional e morbidade referida e 6) idade. A análise dos dados foi conduzida por sexo. Regressão logística multivariada hierarquizada foi empregada (p<0.05) após análise bi-variada para seleção das variáveis independentes (p<0,20). Razões de chance e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados. A amostra compreendeu 3.649 idosos e a faixa etária predominante foi de 60 a 69 anos. A maioria dos participantes apresentou baixa escolaridade, não trabalhava, não tinha plano de saúde e vivia acompanhado. A auto-avaliação da saúde ruim foi associada com a falta de apoio social entre as mulheres (RC 1,70 IC95% 1,26-2,30) e com a ausência de redes sociais entre os homens (RC 1,56 IC95% 1,10-2,20). Permaneceram associados ainda à auto-avaliação da saúde ruim as variáveis renda (ambos), trabalho atual (mulheres), alimentação (homens), capacidade funcional (ambos), número de doenças (ambos) e depressão (ambos). A hipótese de associação entre rede e apoio social com a auto-avaliação da saúde foi confirmada com diferenciais entre os sexos. Estratégias e políticas públicas para melhorar a saúde do idoso devem considerar dimensões sociais favorecendo o envelhecimento saudável.