Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Marilia Santini de. |
Orientador(a): |
Grinsztejn, Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8172
|
Resumo: |
O uso de antirretrovirais (ARV) durante a gravidez é essencial para a prevenção da transmissão vertical do HIV, porém o impacto das alterações fisiológicas inerentes à gestação sobre a farmacocinética desses medicamentos e as possíveis implicações na eficácia e segurança dos esquemas profiláticos é pouco conhecido. O Lopinavir/r (LPV/r) é recomendado para uso nessa situação, mas a dose mais adequada para grávidas é controversa. O objetivo deste estudo é descrever a farmacocinética do LPV e do ritonavir(RTV) durante a gestação, comparando a dose padrão (dois comprimidos de 12/12 horas) com dose aumentada (três comprimidos de 12/12 horas) de LPV/r. Foi realizado estudo aberto, prospectivo, incluindo 60 voluntárias com infecção pelo HIV a partir de 14 semanas de gestação, selecionadas aleatoriamente (1:1) para receber uma das duas doses de LPV/r durante a gravidez, continuando a usar a dose padrão até seis semanas após o parto. Foram colhidas amostras de sangue nos segundo e terceiro trimestres da gravidez e no pós parto, além de sangue de cordão e materno no momento do parto, para avaliação da passagem transplacentáriados ARV A análise farmacocinética foi realizada por método de cromatografia líquida de alta performance (HPLC), com detecção por espectrometria de massa sequencial após ionização por electrospray de íons positivos (ESI-MS/MS). As pacientes que receberam dose padrão de LPV/r e que tiveram adesão ao tratamento apresentaram concentração mínima de LPV em média de 4,4, 4,3 e 6,1 mcg/mL nos segundo e terceiro trimestres da gravidez e no pós-parto, respectivamente, enquanto que as do grupo de dose aumentada tiveram valores de 7,9, 6,9 e 9,2 mcg/mL nos mesmos momentos. Apesar de a exposição ao LPV ter sido significativamente maior no segundo grupo, a dose padrão foi suficiente para fornecer níveis terapêuticos de LPV para vírus selvagem (1 mcg/mL) em todas as mulheres com adesão ao tratamento, exceto uma no terceiro trimestre da gravidez. Não atingiram níveis terapêuticos para vírus resistentes 50%, 37,5% e 25% das voluntárias em uso de dose padrão nos segundo e terceiro trimestres da gravidez e no pós-parto, respectivamente, enquanto que essa proporção foi de 0%, 15% e 0% no grupo de dose aumentada nos mesmos momentos. Após 12 semanas de tratamento e no pós parto todas as pacientes com adesão ao tratamento tinham carga viral do HIV indetectável e nenhum dos bebês que pôde ser avaliado (49/54) foi infectado. A dose padrão de LPV/r foi adequada para uso durante a gestação, sendo importante assegurar adesão ao tratamento e podendo-se considerar o uso de dose aumentada em casos de suspeita ou diagnóstico de infecçao por HIV com mutações de resistência |