Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Maria Isabel de Brito |
Orientador(a): |
Ramos, Eloane Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26360
|
Resumo: |
A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Ela apresenta alta prevalência no nosso país, tendo uma baixa morbimortalidade na população geral. Quando adquirida durante a gravidez o Toxoplasma gondii tem a capacidade de atravessar a placenta e gerar danos ao feto. Medidas durante o pré-natal como diagnóstico precoce da primo-infecção materna e uso da sulfadiazina, pirimetamina e espiramicina são capazes de reduzir as manifestações fetais, uma vez que estas medicações ultrapassam a barreira transplacentária. Os recém-nascidos com toxoplasmose congênita podem apresentar manifestações de prematuridade, microcefalia, hepatoesplenomegalia, calcificações intracranianas, crises convulsivas, déficit no desenvolvimento motor, coriorretinite e cegueira. Foi realizado um estudo retrospectivo de uma série de casos, com a análise dos prontuários dos recém-nascidos e lactentes com diagnóstico de toxoplasmose congênita atendidos no setor de doenças infectoparasitárias (DIP) do Instituto Fernandes Figueira no período de 2000 a 2015. Os dados clínicos, laboratoriais e de imagem foram coletados através de uma ficha clínica e transcritos para um banco de dados previamente confeccionado no Epi Info. Foi realizada uma análise descritiva, por meio de tabelas de frequência, medidas resumo numéricas e gráficos. A associação entre os desfechos desfavoráveis dos recém-nascidos (coriorretinite e sintomas) e o momento do diagnóstico materno foi avaliada a partir de testes de hipótese. Foram ao todo 69 casos de toxoplasmose congênita, desses apenas 12 (17,4%) das gestantes apresentaram algum sintoma durante a gestação. Em 28 (40,6%) dos casos o diagnóstico foi feito no 2º trimestre, 27 (39,1%) das gestantes não receberam nenhum tipo de tratamento, 24 (34,8%) dos partos foi prematuro, 54 (78,3%) dos recém-nascidos tiveram ultrassom transfontanela alterado e 45(65,2%) dos recém-nascidos apresentaram coriorretinite. Ficaram evidentes algumas falhas no pré-natal como rastreio inadequado da gestante, diagnóstico da toxoplasmose adquirida apenas após alteração fetal no ultrassom, falha no início do tratamento da gestante e demora no início do tratamento do recém-nascido. |