Subsistência alimentar em situação de pobreza: a percepção de representantes de grupos religiosos, participantes de redes sociais na região da Leopoldina, cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Sousa, Heloisa Cardoso Wanick Loureiro de
Orientador(a): Stotz, Eduardo Navarro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5316
Resumo: Esta dissertação busca compreender a dinâmica de redes sociais diante das dificuldades de subsistência alimentar em situação de pobreza. Discute o tema a partir da percepção de representantes de grupos religiosos, participantes de uma rede social organizada da cidade do Rio de Janeiro. Indica o caminho das redes sociais como uma via potencial de contribuição para a construção de práticas em Saúde Pública e formulação de políticas públicas integradas com realidades locais. Chama-se atenção para os novos movimentos sociais como redefinição do espaço de cidadania e de fortalecimento da solidariedade; aponta-se, neste processo, o impulso ao apoio social e à formação de redes sociais que emergem com a reelaboração da prática religiosa diante do quadro de extrema pobreza de uma parcela significativa da população. O material empírico deste trabalho foi tratado pelo emprego da técnica Análise de “Conteúdo Categorial Temática”. Os resultados indicam perspectivas diferentes em relação às ações desenvolvidas pelos grupos, conforme sua inserção religiosa e natureza das mesmas – de ações de caráter paternalista e assistencialista e, portanto, provocadoras de dependência, e, em contrapartida, de ações de promoção social que trazem a perspectiva da autonomia e da cidadania. Verifica-se que, ao buscarem soluções para os problemas da população pobre, os grupos esbarram em entraves que extrapolam suas possibilidades de enfrentamento, uma vez que a causa desses problemas é percebida pelos entrevistados como conseqüência, entre outras, da desigualdade social que acompanha o país há décadas. De forma unânime, emerge a visão sobre a configuração de redes sociais como espaço de fortalecimento e legitimação frente ao poder público, em relação à luta pela melhoria das condições de vida.