Análises computacionais para o estudo da fumarato hidratase como potencial alvo para o desenvolvimento de fármacos leishmanicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Aline Beatriz Mello
Orientador(a): Guimarães, Ana Carolina Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39500
Resumo: A leishmaniose é um problema de saúde pública em diversas partes do mundo, devido a sua ampla distribuição e alta prevalência. Os principais fatores de risco resultantes de processos sociais, econômicos e ambientais facilitam a transmissão e dificultam seu controle. A infecção causada por parasitas do gênero Leishmania pode causar no ser humano um conjunto de sintomas. O tratamento atualmente empregado é extremamente tóxico, pode produzir resistência e possui alto custo para o paciente, o que limita a sua utilização em áreas endêmicas. Desta forma, é de grande relevância a identificação de novos alvos terapêuticos com importância crítica na sobrevivência do parasito visando ao desenvolvimento de novos fármacos mais eficazes e menos agressivos para os seres humanos. Neste contexto, a enzima fumarato hidratase (FH) surge como um alvo molecular promissor, uma vez que a FH de L. major e de H. sapiens são consideradas análogas funcionais Estudos recentes mostram a importância desta enzima para a viabilidade dos parasitos, o que a torna um alvo potencial para o planejamento de compostos com ação leishmanicida. O mecanismo de ação dessa enzima no parasito é diferente da atividade no organismo humano e, sua inibição prejudicaria os processos essenciais para a sobrevivência do parasito. A comparação entre as sequências da fumarato hidratase de classe I entre algumas espécies do gênero Leishmania apontou que os resíduos do sítio catalítico permanecem totalmente conservados, o que sugere a possível inibição da enzima para várias espécies desse gênero. A análise da estrutura da enzima do parasita e do hospedeiro mostrou diferenças nos resíduos catalíticos envolvidos na reação, reforçando a ideia de uma possível inibição específica.