O alimento "bom, limpo e justo": saúde no discurso do movimento Slow Food no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro, Flavia Marques de
Orientador(a): Lerner, Katia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29260
Resumo: A compreensão da alimentação como um processo sócio culturalmente determinado direcionou a escolha de práticas que buscam trazer novos significados ao consumo alimentar e sua associação com questões de saúde como objeto de investigação desse estudo. O Movimento Slow Food surge no fim da década de 80 na Itália, chegando ao Brasil em 2000, com a proposta de promover práticas alimentares que considerem as informações sobre as origens do alimento baseado em três principais valores: o alimento bom, associado ao sabor e culturalmente referenciado; o alimento limpo, sem contaminantes para o ser humano e meio ambiente; e o alimento justo, com custo acessível ao consumidor e que favoreça condições equitativas de venda para o produtor. Essa dissertação tem como objetivo geral investigar a produção social de sentidos sobre saúde nos discursos do Movimento Slow Food e tem como objetivos específicos para essa compreensão a identificação de lógicas, dos atores e das práticas desenvolvidas pelo movimento, a identificação dos discursos e comunidades discursivas em saúdes e como se dá a lógica do risco nas práticas propostas pelo SF. Para análise, recorreu-se ao suporte teórico- metodológico de elementos da semiologia dos discursos sociais, pela qual há o entendimento dos fenômenos da comunicação como fenômenos de produção de sentido. Como conclusão destaca-se uma lógica de atuação pautada pelo movimento internacional porém com a adaptação à realidade local. Nota-se o discurso sobre saúde fortemente presente no movimento, marcada por diferentes noções de risco que aparecem em uma dinâmica concorrencial ora centralizadas, ora periféricas.