Estudo Mercadológico e patentário de medicamentos biotecnológicos : o caso da insulina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pontes, Carlos Eduardo Collazo
Orientador(a): Barroso, Wanise Borges Gouvea
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48018
Resumo: A biotecnologia é oriunda da engenharia genética e tem sido utilizada no desenvolvimento de novos produtos. Dentre os medicamentos biotecnológicos, identificou-se que a insulina tem um papel extremamente significativo, pois ocupa o ranking mundial de medicamentos mais comercializados e, no Brasil, é o insumo farmacêutico mais importado. Além disso, ultrapassou o valor de US$ 29 bilhões em vendas mundiais, somente, em 2014. A insulina é um dos principais medicamentos utilizados para o diabetes, doença que acomete 415 milhões de pessoas e consome 12 % das despesas mundiais de saúde. Os pacientes diabéticos brasileiros, geralmente, dependem da importação deste produto, a alto custo. A busca de informações sobre a produção de insulina, a nível mundial, é de extrema importância, para que o país tenha capacidade de produzi-la, e, assim, não depender do mercado externo e diminuir o déficit na balança comercial. O estudo dos documentos de patente permite a identificação de tecnologias emergentes, além de fornecer informações técnicas e produtivas, únicas e de tecnologias de ponta, fundamentais em um mercado amplamente globalizado e acirrado. Em função disso, o objetivo do presente estudo consiste em apresentar o cenário mercadológico do medicamento insulina e analisar os documentos de patente deste medicamento, depositados no Brasil, Estados Unidos e China. Para a análise mercadológica, utilizou-se as informações do IMS Health®, AliceWeb®, Carrot2®, além da revista Insights, ABIQUIF e IDF. A busca dos documentos de patentes foi realizada utilizando a base de dados Orbit® e Integrity®. Os resultados observados deixam evidente a dependência de aquisição da insulina pelo mercado externo, o que pode acarretar em um desabastecimento nacional e, possíveis, casos de óbito e sequelas, provenientes do diabetes, em pacientes que não receberam o tratamento adequado. Dos três países estudados, somente os Estados Unidos apresentam avanço e preocupação com pesquisas e desenvolvimentos na área biotecnológica do estudo. A China, apesar de investir em biotecnologia, não apresenta grande quantidade de patentes relacionadas à insulina. Já o Brasil, além de não investir no desenvolvimento de tecnologias nacionais, não tem sido o destino de muitos depósitos de patente de laboratórios multinacionais. As informações descritas em documentos de patente não são utilizadas de forma adequada e acabam por não auxiliar no aperfeiçoamento e no desenvolvimento de novas tecnologias. Em um futuro próximo, espera-se que a propriedade industrial seja melhor aproveitada e possa contribuir, positivamente, para o acesso da população aos medicamentos inovadores e para a diminuição da dependência dos produtos importados.