Avaliação da toxicidade aguda in vivo após exposição oral a nanopartículas de óxido de cobre, de acordo com as diretrizes do Guia 420 da OECD

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Magalhães, Magno Maciel
Orientador(a): Amendoeira, Fábio Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35703
Resumo: Nanopartículas (NPs) são conceituadas como partículas sólidas que geralmente, mas não obrigatoriamente, possuem entre 1 e 100 nm de tamanho. Trabalhos na literatura já demonstraram que estas podem ter toxicidade acima da encontrada no mesmo material confeccionado em outras escalas. As NPs de óxido de cobre (CuO-NPs) têm sido cada vez mais utilizadas em produtos de interesse humano, tais como revestimentos antimicrobianos, lubrificantes, plásticos, cosméticos, dentre outros. É possível encontrar estudos in vivo sobre a toxicidade destas NPs, mas somente por vias inalatória e intraperitoneal. O objetivo central deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda in vivo de CuO-NPs, após exposição por via oral, seguindo as diretrizes preconizadas no Guia 420 da OECD. Na análise do tamanho do diâmetro hidrodinâmico das CuO-NPs através da técnica de espalhamento dinâmico de luz, obteve-se o valor médio de 166,9 ± 2,54 nm. Ao variarmos o pH do meio de suspensão, com a intenção de mimetizarmos in vitro o trato gastrointestinal humano, observou-se que as CuO-NPs solubilizam em meio ácido e aglomeram em meio básico. Para o ensaio de toxicidade aguda oral, foi realizada comparação entre as CuO-NPs e o mesmo material microparticulado. A maior parte dos sinais clínicos e parâmetros laboratoriais avaliados não apresentou resultados significativos. Somente os animais tratados com CuO-NPs na dose de 2000 mg.kg-1 apresentaram alterações nas fezes dos primeiros dias de estudo e na dosagem da enzima aspartato aminotransferase. Estes dados, juntamente com os achados histopatológicos observados, tais como binucleação de hepatócitos e megalocitose, podem sugerir a ocorrência de lesão hepática leve, mas que foi revertida ao longo dos 14 dias de observação. Com os resultados, sugere-se que as CuO-NPs não apresentam sinais conclusivos de toxicidade, quando administradas por via oral de forma aguda, na faixa de doses estudada – 50 a 2000 mg.kg-1.