Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Possolli, Glaucia Talita |
Orientador(a): |
Carvalho, Márcia Lazaro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2356
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Resumo: |
Introdução: O teste rápido anti-HIV é um recurso importante de triagem em parturientes que apresentam sorologia desconhecida, para a prevenção da transmissão vertical. Os Hospitais Amigos da Criança se comprometem a prestar ajuda ao início do aleitamento materno na primeira meia hora de vida, porém a realização do teste rápido pode interferir neste procedimento. Objetivos: Avaliar os fatores associados ao tempo entre o nascimento e o início da amamentação entre mães soronegativas que realizaram teste rápido anti-HIV em Hospitais Amigos da Criança no município do Rio de Janeiro/RJ. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte sendo a população do estudo composta por todas as mulheres que realizaram o teste rápido anti-HIV durante a internação para o parto. Depois de aplicados os fatores de exclusão, permaneceram no estudo 932 mulheres. Foi utilizada a análise de sobrevida, sendo o tempo de sobrevivência contado a partir do nascimento até a primeira mamada. As curvas de sobrevida foram estimadas pelo método Kaplan-Meier e o teste de Peto foi utilizado para compará-las. Para avaliar o efeito conjunto das variáveis independentes foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox, através da análise hierarquizada. Por ferir o princípio de proporcionalidade de riscos o banco de dados foi desmembrado em dois: um com hospitais de condutas conservadoras e outro com hospitais de condutas facilitadoras do aleitamento materno ao nascimento. Os resíduos foram analisados pelos testes de Schoenfeld e de Martingale. Resultados: O tempo mediano de inicio da amamentação para os hospitais com condutas facilitadoras frente ao aleitamento materno foi de 30 minutos e para os hospitais com condutas restritivas o tempo mediano foi de 375 minutos. Foram encontrados fatores de risco e de proteção comuns para o desfecho quanto à conduta facilitadora e conservadora de inicio do aleitamento materno: níveis de escolaridade, resultado do teste rápido ser conhecido depois do parto (RR=1,454 (IC95% 1.116-1.894); RR= 1,649 (IC95% 1.346-2.020)) e parto cesáreo (RR=1,750 (IC95% 1.381-2.217); RR= 3,831(IC95% 3.030-4.854)). Foram fatores de risco somente para as mães das maternidades com condutas facilitadoras: cor não branca (RR= 1,203 (IC95% 0.952-1.520), iniciar o pré-natal no terceiro trimestre (RR=1.857 (IC95% 1.163-2.967)), ter menos de 4 consultas do pré-natal (RR= 1,096 (IC95% 0.744-1.613)) e realizar o exame anti-HIV no primeiro trimestre (RR= 1.004 (IC95% 0.771-1.301)). Foi fator de risco somente para as mães das maternidades com condutas conservadoras a idade materna (RR=1,011(IC95% 0.995-1.027)). Considerações Finais: Os achados mostram que fatores ligados à operacionalização do teste rápido postergam o inicio do aleitamento materno, independente do tipo de conduta do hospital. È necessária a revisão dessas práticas para que seja preservado o cumprimento do passo 4 nos Hospitais Amigos da Criança. |