O ensino da patologia e sua influência na atuação de patologistas e infectologistas no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Patrícia Fonseca
Orientador(a): Menezes, Rodrigo Caldas, Possas, Cristina de Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26971
Resumo: Não há na literatura estudo sobre o ensino da patologia no estado do Rio de Janeiro nem sobre sua influência na atuação de patologistas e infectologistas. Os objetivos deste estudo foram analisar o processo de ensino-aprendizagem em cursos de medicina em quatro faculdades e sua influência na atuação desses profissionais. Foi realizada pesquisa qualitativa utilizando a técnica do discurso do sujeito coletivo em dados obtidos de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionário, observação de aula e pesquisa documental. A população do estudo foi constituída por professores, estudantes das quatro faculdades, profissionais médicos patologistas que atuam em laboratórios de patologia e infectologistas de um centro de referência em doenças infecciosas totalizando 57 participantes. Predomina o ensino tradicional com aulas de patologia restritas a poucos períodos do curso médico. A única universidade com currículo integrado oferece conteúdo de patologia ao longo de todo curso Professores reconheceram que as aulas de patologia descontextualizadas não estimulam interesse pela especialidade e não preparam estudantes para interação com patologistas e serviços de anatomia patológica. Parte significativa dos estudantes desconhece a rotina do laboratório de patologia, a forma adequada de preencher pedidos de exame histopatológico, os cuidados necessários para envio de amostras e as limitações da patologia no auxílio ao tratamento. Estudantes, infectologistas e patologistas recomendaram maior número de atividades práticas de patologia, maior integração com a clínica e a presença do patologista em outros cenários de aprendizagem para tornar a patologia mais interessante e atraente. As lacunas de conhecimento sobre a especialidade demonstradas neste estudo geram desinteresse dos estudantes e interação ineficiente com patologistas e serviços de anatomia patológica, indicando a necessidade de reformulação do ensino da patologia nos cursos de medicina