Diferenciais e determinantes da mortalidade infantil nas capitais brasileiras: uma análise multinível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maia, Lívia Teixeira de Souza
Orientador(a): Souza, Wayner Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23677
Resumo: O estudo buscou identificar os diferenciais e os determinantes da mortalidade infantil (MI) nas capitais brasileiras a partir de uma abordagem multinível. A pesquisa utilizou diferentes estratégias analíticas abrangendo aspectos da epidemiologia descritiva, como análise da série temporal da TMI e a caracterização dos nascimentos e dos óbitos infantis nas capitais brasileiras no período de 2000 a 2015. Realizou também uma análise da qualidade das informações das estatísticas vitais a partir da completude das variáveis comuns ao SIM e ao SINASC e da aplicação do linkage entre as bases de dados para a melhoria das informações. Por fim, apresentou os determinantes do óbito infantil considerando a perspectiva do contexto da assistência à saúde, fundamentado na abordagem multinível. Observou-se uma tendência declinante da TMI nas capitais, porém as taxas ainda podem ser consideradas altas, especialmente no Norte e Nordeste. Verificou-se maior proporção das mortes neonatais e aumento de nascimentos e óbitos de crianças prematuras e com malformações congênitas. Constataram-se altos níveis de mortes evitáveis com o crescimento dos óbitos por inadequada atenção à mulher na gestação e parto, evidenciando sérios problemas de acesso aos serviços de saúde e de qualidade da assistência. Os fatores de risco para a MI são, predominantemente: baixo peso ao nascer, prematuridade, presença de malformações congênitas e de asfixia no nascimento. Esses fatores resultam das características socioeconômicas das mães, além de se verificar a importância do baixo número de consultas de pré-natal nos modelos de risco. Por fim, ressalta-se a centralidade do tema das desigualdades territoriais perpassando os achados desta tese, impondo a necessidade de adoção de políticas públicas adequadas às diferentes realidades e demandas. Exige ainda uma reflexão ética sobre esse cenário iníquo de produção de diferenciais de risco de mortes prematuras, em sua maioria evitáveis e injustas.