Avaliação do perfil clínico da soro persistência de anticorpos em trabalhadores de saúde durante a resposta a infecção por SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Flavia Amendola Anisio de
Orientador(a): Vasconcelos, Zilton Farias Meira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54308
Resumo: A doença por coronavírus 2019 (COVID-19), causada por síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), foi declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 (1). O conhecimento da resposta imune inata e adaptativa do hospedeiro e eficiência de infecção do vírus são cruciais para controle da infecção. Estudos recentes sugerem que os anticorpos contra SARS-CoV-2 diminuem após algumas semanas do início dos sintomas. O objetivo deste estudo foi descrever as características clínicas e laboratoriais dos trabalhadores de saúde que mantiveram o resultado positivo na avaliação sorológica de anticorpos Imunoglobulina (Ig) G anti- nucleocapsídeo (anti-N) para SARS-Cov-2. Este estudo foi realizado de forma transversal, descritivo e analítico. A coleta de dados foi efetuada através de questionário autoaplicável e teste de imunocromatografia de fluxo lateral para avaliação de anticorpo IgM e IgG específico para proteína N do SARS-COV 2. A análise dos resultados ocorreu utilizando os dados de três avaliações distintas dos trabalhadores de saúde no IFF-Fiocruz, entre junho e novembro de 2020. A maior produção de IgG foi relacionada a trabalhadores não brancos, com Reação quantitativa de transcrição reversa acoplada à reação em cadeia da polimerase (RT - PCR) confirmados e que relataram sintomas como dor no peito, dispneia, fadiga e ageusia. A chance de soro persistência foi 56,9% maior dentre os sintomáticos, porém não foi significativa do ponto de vista estatístico (OR=1,569, IC 95%: 0,908-2,711). O sintoma mais relacionado a soro persistência foi a dispneia, seguido de tosse, artralgia e anosmia. O tempo mediano de manutenção da soro persistência foi de 211 dias. Este estudo demonstrou que cerca de metade dos trabalhadores que tiveram seus exames reagentes em uma primeira coleta não mantiveram estes níveis.