Domínio D da proteína E2 do vírus chikungunya: aplicabilidade no diagnóstico e produção de anticorpos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Monteiro, Tallyta Tâmara da Silva
Orientador(a): Dhalia, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57734
Resumo: As arboviroses são um grande desafio para a Saúde Pública mundial. O Brasil é considerado alvo de epidemias de arbovírus, devido ao clima tropical e as precárias condições de saneamento que favorecem a proliferação dos vetores. Entre as arboviroses, a Febre Chikungunya (CHIKF) causada pelo Vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitida por insetos do gênero Aedes e tem como principais sintomas: febre, dor de cabeça e artralgia. O CHIKV consiste em um nucleocapsídeo e um RNA fita simples que codifica as proteínas virais. Dentre elas a glicoproteína E2, que compõe o envelope, constitui um importante alvo diagnóstico. Esta proteína pode ser dividida em três domínios A, B e C, dos quais o B (DBE2/CHIKV) é considerado um importante determinante imunogênico. Devido à dificuldade do diagnóstico sorológico da CHIKF, por apresentar reações cruzadas com outros arbovírus, neste trabalho propomos a produção de anticorpos policlonais (contra DBE2/CHIKV) para utilizá-los como ferramenta na validação de uma vacina de DNA contra a Chikungunya, assim como avaliar a aplicabilidade desta subunidade proteica no diagnóstico preciso desta virose. A região codificante da subunidade DBE2 foi subclonada em plasmídeos de expressão, para sua produção em sistema procarioto sob a forma de proteínas de fusão com caudas de histidina (His/DBE2). As proteínas obtidas foram utilizadas na imunização de coelhos, para a obtenção de soros hiperimunes contra as mesmas. Os anticorpos policlonais anti-His/DBE2 foram avaliados quanto a sua capacidade de reconhecimento domínio B da proteína E2 do CHIKV. Os anticorpos foram capazes de reconhecer a subunidade recombinante DBE2 tanto em ensaios de ELISA como de western blot, assim como capazes de detectar a expressão da vacina de DNA contra CHIKV. O antígeno His/DBE2 foi em seguida avaliado quanto a sua possível aplicabilidade como antígeno diagnóstico para Chikungunya, através de ensaios de ELISA indireto utilizando amostras sorológicas humanas. Embora a subunidade His/DBE2 tenha apresentado capacidade diagnóstica para a detecção de anticorpos contra CHIKV por ELISA, ainda se faz necessário validar este ensaio.