Análise da assistência farmacêutica para tratamento da anemia com alfaepoetina na insuficiência renal crônica em petrolina, pernambuco, de 2009-2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Perazzo, Rosalva Maria Rodrigues Monteiro
Orientador(a): Vasconcelos, Ana Lúcia Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31994
Resumo: Os rins órgãos excretores, exercem também funções de glândula endócrina produzindo eritropoetina e participando da eritropoiese. A Doença Renal pode evoluir ao estado de Doença Renal Crônica (DRC) terminal sem apresentar sintomas, com comprometimento da qualidade de vida, por anemia, pela deficiência de eritropoetina. Neste quadro, o tratamento da anemia consiste na administração de alfaepoetina – Medicamento Estimulador da Eritropoiese (MEE) –, que deve ser utilizado em todos os pacientes com níveis de hemoglobina abaixo de 11g/dL, independentemente do estágio da doença. O Ministério da Saúde utiliza como estratégia de acesso para medicamentos o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), que inclui a alfaepoetina, através de Portarias e Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT). Este estudo teve como objetivo avaliar a assistência farmacêutica para tratamento da anemia com alfaepoetina em portadores de insuficiência renal crônica, em hemodiálise, atendidos na Unidade Sertão do São Francisco em Petrolina-PE, no período 2009 a 2011. Para isso, foi realizada uma Pesquisa Avaliativa do tipo Estudo de Caso Único, de abordagem quantitativa e qualitativa, sendo avaliado o Grau de Observância do PCDT nos componentes da Assistência Clinica e Assistência Farmacêutica, obtendo-se como resultado, respectivamente, a situação Parcialmente Satisfatória com 75% do esperado, e Inexistente com 37% do esperado. Portanto, na Assistência Clinica 15% tiveram seus medicamentos solicitados fora dos critérios do PCDT, e na Assistência Farmacêutica 63% dos usuários não tiveram suas doses adequadas segundo o PCDT. Como principal razão para estes resultados tem-se o fato da Portaria Ministerial não esta adequada ao fluxograma de tratamento da alfaepoetina do PCDT, não contemplando as especificidades de cada usuário, quanto à dose de alfaepoetina e quanto à necessidade de exames para monitorar seu uso em atendimento as suas particularidades clinicas. Recomendações de revisão da Portaria vigente, para que a solicitação desse medicamento seja mensal, foram sugeridas a partir dos resultados a fim de fortalecer a Política Nacional e Estadual de Assistência Farmacêutica, possibilitando informações para a melhoria do planejamento e demais etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica, e consequentemente, melhorias do acesso e do cuidado aos usuários de alfaepoetina.