No canto do isolamento: loucura e tuberculose no Hospício Nacional de Alienados (1890-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moraes, Monica Cristina de
Orientador(a): Venancio, Ana Teresa A.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50366
Resumo: Neste estudo, examinamos como a tuberculose e a alienação mental estiveram entrelaçadas no Hospício Nacional de Alienados (HNA), e para além dele, durante a Primeira República (1890-1930). Tendo a instituição um caráter duplo, científico e assistencial, investigamos como a tuberculose permeou essas duas faces – interligando aspectos institucionais internos e observando suas conexões com o contexto de transformações da cidade do Rio de Janeiro e com as teorias e práticas médico-científicas sobre a doença, em curso no país e em âmbito internacional. Assim, mergulhamos na história do HNA para esmiuçar o processo de criação e as transformações do serviço de assistência especializada aos alienados tuberculosos. Sobretudo, tomamos como foco os pavilhões de isolamento da tuberculose feminina – Pavilhão Jobim, Pavilhão De Simoni e Pavilhão Alaor Prata – que fizeram parte da 4ª Seção de moléstias infectocontagiosas do HNA. Para tanto, analisamos grande variedade de fontes (jornalísticas, administrativas, produção científica, expedientes clínicos etc.), combinando abordagens quantitativas e qualitativas, para compreender os múltiplos ângulos da problemática da tuberculose no hospício. Ao longo da tese, pela vertente da história institucional, demonstramos como o manicômio esteve interligado, de forma dinâmica, às questões científicas, assistenciais, sociopolíticas, legais e urbano-sanitárias da época.