Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cassette, Amanda Cardoso de Oliveira Silveira |
Orientador(a): |
Martins Filho, Olindo Assis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15099
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Resumo: |
A hemofilia A (HA) congênita é um distúrbio hemorrágico com transmissão hereditária ligado a deficiência do fator VIII (FVIII). O tratamento da HA é baseado na reposição do FVIII, requerendo infusões intravenosas de concentrados de FVIII exógeno. Durante o tratamento, alguns pacientes desenvolvem uma resposta imune que produz anticorpos anti-FVIII (inibidores). Os inibidores neutralizam a atividade procoagulante do FVIII e diminuem a eficiência do tratamento. Apesar da relevância dos inibidores, os mecanismos imunológicos associados aos inibidores ainda não foram completamente elucidados. Neste trabalho analisou-se o perfil de citocinas intracitoplasmáticas de células do sistema imune inato e adaptativo de pacientes com HA e inibidores [HA-FVIII(+)] e com HA sem inibidores [HA-FVIII(−)]. Os resultados mostraram uma menor frequência de monócitos e neutrófilos TNF-, monócitos IL-5eneutrófilos IL-4e uma maior frequência de neutrófilos linfócitos T CD4+, T CD8+e T CD19+IL-10em pacientes do grupo HAα-FVIII(+). Em pacientes do grupo HAα-FVIII(−) observou-se uma maior frequência de monócitos TNF-elinfócitos B IL-4e uma menor frequência de linfócitos T CD4+e T CD8+IL-10. Observou-se o predomínio de um padrão anti-inflamatório/regulador no grupo HAα-FVIII(+) e um padrão pró-inflamatório no grupo HAα-FVIII(−), sugerindo que o microambiente celular pode ser um elemento importante associado à capacidade de desenvolvimento de inibidores. Analisou-se também a presença de micropartículas plasmáticas (MPs) em pacientes com HA. Os resultados mostraram uma maior frequência de MPs derivadas de células endoteliais, granulócitos e linfócitos T em pacientes do grupo HAα-FVIII(−) e uma maior frequência de MPs derivadas de hemácias em pacientes do grupo HAα-FVIII(+). O predomínio de MPs no grupo HAα-FVIII(−) pode ser relacionado ao aumento da ativação celular e influência do microambiente pró-inflamatório. MPs derivadas de hemácias induziram a investigação da presença de anticorpos em hemácias de pacientes com HA. Os resultados demonstraram que pacientes do grupo HAα-FVIII(+) têm uma maior frequência de anticorpos na superfície de hemácias. Em função deste resultado, investigou-se a presença de anticorpos anti-FVIII em concentrados de hemácias de pacientes do grupo HA-FVIII(+). Foi possível detectar anticorpos anti-FVIII em concentrados de hemácias, sugerindo que essas células podem interagir com anticorpos anti-FVIII. Determinou-se ainda, a avidez de anticorpos anti-FVIII de pacientes do grupo HAα-FVIII(+). Os resultados demonstraram avidez superior de anticorpos IgG total e IgG1 anti-FVIII quando comparados a IgG4. Foi observada também uma correlação negativa entre os índices de avidez de anticorpos IgG4 anti-FVIII de pacientes grave saos títulos de Bethesda, sugerindo que existem variações na avidez dos anticorpos anti-FVIII dependendo do perfil dos pacientes com HA. No contexto da avaliação da resposta imune contra o FVIII, foi possível identificar biomarcadores fenotípicos celulares e humorais característicos de pacientes com e sem inibidores que podem contribuir para o monitoramento do desenvolvimento e manutenção de anticorpos inibidores do FVIII. |