Estudo das características epidemiológicas da febre amarela no Brasil, nas áreas fora da Amazônia Legal, no período de 1999 a 2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Costa, Zouraide Guerra Antunes
Orientador(a): Sabroza, Paulo Chagastelles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13327
Resumo: A permanência do ciclo silvestre da febre amarela no território brasileiro tem estimulado estudos sobre sua complexa epidemiologia. No Brasil, esta doença tem um caráter endêmico e permanente nas regiões Norte e Centro Oeste, porém nos últimos cinco anos tem se manifestado de forma epidêmica fora da Amazônia Legal. Este trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência e as características da febre amarela nas regiões fora dos limites da Amazônia Legal e compará-las com algumas características dos casos procedentes desta região no período de 1999 a 2003, analisando a reemergência de um padrão epizoóticoepidêmico. O referencial teórico aborda aspectos históricos, o ciclo básico da febre amarela silvestre, a espacialização de doenças, a teoria de foco natural de doenças e o processo infeccioso. Dois bancos de dados foram analisados, um relativo aos casos humanos e outro às mortes de primatas não humanos, ambos construídos na Gerência Técnica de Febre Amarela a partir de notificações oriundas das Secretarias Estaduais de Saúde. Foram confirmados 281 casos de febre amarela silvestre no período, sendo 176 (62,6%) fora da Amazônia Legal. Foram registradas mortes de primatas não humanos em 176 localidades de 100 municípios em cinco estados situados fora da Amazônia Legal. Observou-se que o processo epizoótico em primatas que, em geral, permite o aparecimento de casos humanos de febre amarela, encontrase difundido atualmente para além da Amazônia Legal. A distribuição espacial desses eventos permitiu identificar sua ocorrência em áreas antropizadas dos diferentes biomas e bacias hidrográficas, predominando em locais com vegetação do tipo savana. São discutidas também as perspectivas de utilização das informações espaço-temporais de marcadores de epizootias no aperfeiçoamento da vigilância e controle de ações prospectivas.