Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Handam, Natasha Berendonk |
Orientador(a): |
Martins, Adriana Sotero |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49460
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Resumo: |
A água de reúso definida como a reutilização de águas provenientes de efluentes tratados, pode ser uma fonte alternativa de água para agricultura, porém é importante a avaliação da sua qualidade sanitária para não causar agravos a saúde ambiental e humana. O objetivo foi avaliar a qualidade sanitária da água de reúso de diferentes origens para uso na agricultura com finalidade de emprego sustentável da água. Foram coletadas amostras de água de reúso de diferentes tipos de tratamento, denominadas no trabalho como "clorada, polida e biológica". Foram realizadas análises bacteriológicas e físico-químicas da água de reúso, e do solo. Em sistema construído em laboratório foram cultivados Petroselinum crispum, regados por gotejamento com água de reúso e água potável. Foram feitas extrações de DNA total para verificação da quantidade de microbiota no solo durante os cultivos. Foi realizada Reação da Polimerase em Cadeia (PCR), para busca no solo dos cultivos, dos bioindicadores de contaminação fecal Escherichia coli, Adenovírus sorotipos 40 e 41 e Methanobrevibacter smithii. Foi avaliado o desenvolvimento da planta como bioindicadora indireta de nutrientes no solo. Foi analisado o decaimento de E. coli e Salmonella spp. no solo com cultivo de P. crispum e solo nu, irrigados com águas de reúso e potável (controle). Análises de substâncias com atividade estrogênica foram feitas nas amostras de águas de reúso, por meio do ensaio YES (Yeast Estrogen Screen). As análises bacteriológicas e físico-químicas mostraram que apenas a água de reúso "polida" estava própria para reúso agrícola, segundo normativas nacionais e internacional. As quantificações de DNA indicaram que as amostras de água de reúso contribuíram para aumento de 1,6 vezes na quantidade de microbiota do solo, enquanto que os irrigados com água potável tiveram diminuição de 3,8 vezes. A água de reúso auxiliou para o maior desenvolvimento dos cultivos. A PCR mostrou que as amostras de água de reúso alteraram a microbiota do solo, pois ficaram retidos durante os cultivos, os microrganismos presentes nas águas de reúso, Adenovírus tipo 40 e 41 e E. coli. O decaimento de Salmonella spp. nos cultivos irrigados com água de reúso foi mais lento, em comparação com o grupo controle. A amostra "biológica" apresentou substâncias com atividade estrogênica na concentração de 115 ng L-1. O estudo demonstrou que, se a água de reúso estiver dentro dos padrões de qualidade sanitária, se for feita irrigação por gotejamento, e com um tempo de parada entre irrigação e colheita das culturas, esta representa uma fonte de água segura e sustentável para irrigação da agricultura. Para isso é fundamental a criação de lei federal de reúso agrícola, a fim de evitar danos à saúde humana e ambiental. |