Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Cinara Oliveira D'Sousa |
Orientador(a): |
Bezerra, Daniel Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23404
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A quimioterapia ainda é uma importante forma de tratamento de diversos tipos de cânceres; entretanto, as células cancerosas podem adquirirem resistência aos agentes quimioterápicos, que por sua vez, também induzem efeitos colaterais graves. Com o intuito de novos tratamentos, se busca nas plantas com fins medicinais novos fármacos. Uma dessas moléculas que vem sendo bastante estudada é a piplartina, também conhecida como piperlongumina. Adicionalmente, com o objetivo de potencializar os efeitos citotóxicos em células tumorais, tem sido realizado a síntese de complexos metálicos, tais como rutênio, com diferentes bioligantes OBJETIVO: Assim, no presente trabalho propomos a síntese e o estudo da atividade citotóxica de novos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante. MATERIAIS E MÉTODOS: Os complexos de rutênios [Ru(dppb)(bipy(piplartina)]2(PF6) e [Ru(dppf)(bipy(piplartina)]2(PF6) foram sintetizados e testado contra diferentes tipos de células tumorais (K562, HL-60, B16-F10, HepG2, SCC4, SCC9, HSC3 e HCT116) e não tumorais (MRC-5 e PBMC) através do ensaio do alamar blue após 72 h de incubação. Posteriormente, células HCT116 foram incubadas por 24 e 48 h com os complexos e o número de células viáveis foi determinado pelo ensaio de exclusão com o azul de tripam. A análise do ciclo celular, o potencial transmembrânico mitocondrial, marcação para anexina V/iodeto de propídeo e a quantificação de espécies reativas de oxigênio foram determinadas por citometria de fluxo. O efeito sobre a expressão gênica foi determinado por PCRarray. RESULTADOS: Ambos os complexos sintetizados apresentaram potencial citotóxico superior a piplartina. Na análise por exclusão com o azul de tripam, ambos os compostos reduziram o número de células viáveis, sem aumentar o número de células não viáveis. Um aumento da fragmentação do DNA internucleosomal sem afetar a permeabilidade da membrana citoplasmática, redução do potencial transmembrânico mitocondrial e um aumento da externalização de fosfatidilserina foram observados, sugerindo indução de morte celular apoptótica. Um aumento expressivo das espécies reativas de oxigênio também foi observado. O nível de expressão de mRNA de vários genes, incluindo proliferação celular, ciclo celular, apoptose e estresse oxidativo também foram alterados após o tratamento. CONCLUSÃO: Os resultados demostram que apesar dos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante serem mais potente do que a piplartina, o mecanismo de ação parece ser semelhante. Os resultados obtidos contribuem para melhor compreensão dos efeitos desses compostos como moléculas úteis para o tratamento do câncer. |