Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Carlos Augusto Moreira de |
Orientador(a): |
Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da,
Souza, Edinilsa Ramos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20895
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Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo analisar a associação entre a desigualdade de renda e os homicídios no Estado do Pará, Brasil, entre 1998 e 2012. Trata-se de um estudo do tipo ecológico, que foi desenvolvido em formato de artigos que visava atender aos objetivos específicos. O primeiro artigo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica crítica acerca das associações estatísticas observadas entre indicadores socioeconômicos e taxas de homicídio, observou-se na literatura, o uso de diferentes indicadores como exposição, para quantificar a relação entre a incidência de mortes por homicídio e indicadores socioeconômicos e os resultados desses estudos apresentaram divergência na direção da associação. O segundo artigo abordou o uso dos grafos acíclicos direcionados (DAG) para descrever a relação conceitual entre a desigualdade de renda e a taxa de homicídio, mesmo quando controlado por outros indicadores socioeconômicos. O uso dessa técnica possibilitou analisar o caminho causal da relação entre a desigualdade de renda e as taxas de homicídio,indicando possíveis covariáveis que deveriam ser incluídas no modelo para controlar o confundimento. O terceiro artigo lançou mão dos modelos espaço-temporais Bayesianos para dados de área, considerando em suas estimativas os efeitos da autocorrelação espacial, ou o efeito do contexto, e a autocorrelação temporal, considerando o total de homicídios em tempo anterior ao mensurado. Observou-se como principal resultado que o aumento do valor do Índice de Gini aumenta o risco relativo a posteriori de óbito por homicídio no estado do Pará,tanto na população jovem, quanto na população geral. Porém esse achado deve ser relativizado em razão do índice de Gini ser estatisticamente não significativo. Conclui-se que embora o fenômeno em estudo tenha dinâmica de ocorrência e causalidade complexa foi possível mensurar o risco relativo a posteriori resultante da associação entre desigualdade de renda e homicídios. |