Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Arruda, Igor Falco |
Orientador(a): |
Amendoeira, Maria Regina Reis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34536
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Resumo: |
As populações urbanas de animais de companhia vêm crescendo nos últimos anos e consequentemente a relação homem-animal torna-se cada vez mais próxima, trazendo consigo benefícios e possíveis malefícios. As zoonoses parasitárias consistem num grave problema de saúde pública onde cães e gatos domésticos configuram como os principais veiculadores destas parasitoses no meio urbano. Uma variedade de protozoários e helmintos gastrointestinais desses animais são capazes de infectar o ser humano acidentalmente. Dentre os parasitos gastrointestinais dos felinos, destaca-se o Toxoplasma gondii, protozoário globalmente distribuído e capaz de infectar aves e mamíferos, incluindo o ser humano. Estes podem contaminar o ambiente por meio de suas fezes contendo oocistos do protozoário. Os cães, além de se infectar por meio do ambiente contaminado, podem carrear mecanicamente oocistos do protozoário por meio da coprofagia. Tendo por base o exposto, o presente estudo teve como objetivo a pesquisa de anticorpos anti- T.gondii e de parasitos gastrointestinais em cães e gatos domésticos atendidos no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, Rio de Janeiro, bem como os fatores de risco associados à estas infecções. Para tanto, foram incluídos 614 animais (400 cães e 214 gatos) encaminhados para a coleta de sangue no período de agosto de 2017 a novembro de 2018 e que os tutores aceitaram em participar do estudo. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido foram coletadas amostras de sangue e fezes para a realização das técnicas laboratoriais Paralelamente, os tutores responderam um questionário epidemiológico, composto por determinadas variáveis com o objetivo de detectar possíveis fontes de infecção para esses animais. As amostras de fezes de cães e gatos foram submetidas às técnicas de centrífugo-sedimentação em tubo cônico, centrífugo-flutuação em solução de sacarose e coloração de safranina aquecida. Já as amostras de soro de cães e gatos foram destinadas à pesquisa de anticorpos IgG anti- T. gondii por meio da reação de imunofluorescência indireta. Anticorpos contra T. gondii foram detectados em 34,00% dos cães e em 7,01% dos gatos. A frequências de parasitoses gastrointestinais em cães e gatos foram de 11,25% e 24,52%, respectivamente, sendo os ancilostomídeos os parasitos mais frequentes em cães (8,25%) e Dipylidium caninum o mais frequente em gatos (12,50%). Fatores como fornecimento de vísceras, miúdos crus ou malcozidos e água de toneira e manejo sanitário inadequado foram considerados de risco para as infecções por T. gondii e parasitos gastrointestinais. Medidas de prevenção e controle devem ser adotadas visando minimizar o risco de transmissão desses agentes entre animais e consequentemente humanos. |