Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Shimizu, Elaine Kotani |
Orientador(a): |
Gutiérrez, Adriana Coser |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54858
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo analisar diretrizes para a atuação do preceptor na formação de enfermeiros em cursos/programas de residência em Saúde da Família. Trata-se de análise documental, organizada em três grupos de documentos: 1) Portarias da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) dos anos de 2006, 2011 e 2017; 2) Projetos Político-Pedagógicos (PPP) de três cursos/programas de residência com formação de enfermeiros para a Estratégia Saúde da Família do município do Rio de Janeiro; e 3) Projetos dos cursos de qualificação da preceptoria em área profissional do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). Identificaram-se direcionamentos, por parte das PNABs, quanto à atuação das equipes e dos enfermeiros que reforçam a focalização da atenção à saúde, contrapondo-se à universalidade de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), além do enfoque no modelo biomédico e na precarização do trabalho. Também foi descrita a ideia de preceptor como “condutor da aprendizagem” e trabalhador polivalente, com múltiplas atribuições e responsabilidades, o que teria a capacidade de gerar potenciais de desgaste nesses trabalhadores. Por fim, a transferência da responsabilidade pelo aprimoramento dos preceptores do SUS para hospitais privados filantrópicos, por meio de cursos do PROADI-SUS, e a centralidade destes nos métodos de ensino, carregam a ideia de preparar os preceptores para resolver os problemas do cotidiano e reproduzem uma ideia de formação com características adaptativas, voltadas à formação pragmática e de desempenho, dirigidas aos interesses de mercado. O trabalho dos enfermeiros e preceptores são o resultado dessas diferentes concepções e disputas por modelos de atenção. Apesar de a educação não carregar sozinha a responsabilidade por resposta emancipatória, ela também pode exercer papel de disputa de modelos de atenção à saúde e à educação, no sentido de questionar os valores hegemônicos em busca de outras perspectivas. |