Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Fernando Castim |
Orientador(a): |
Albuquerque, Paulette Cavalcanti de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13695
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo avaliar o modelo de atenção à saúde bucal implantado no estado de Pernambuco, a partir da análise da estrutura e do funcionamento das equipes e dos seus indicadores. Para isso, foram aplicados questionários a uma amostra de 121 equipes de saúde bucal, representativa para o estado de Pernambuco, sendo abordados aspectos relativos à estrutura (recursos humanos, equipamentos, materiais e insumos) e ao processo de trabalho das equipes. Além disso, foram utilizados dados secundários obtidos do Sistema de Informação Ambulatorial - SIA/SUS, a fim de analisar os indicadores de saúde bucal, segundo porte populacional, proporção da população cadastrada no sistema de Informações da Atenção Básica - SIAB e relação entre as equipes de saúde da família e equipes de saúde bucal, utilizando-se os testes estatísticos ANOVA e Kruskal-Wallis. A análise dos questionários permitiu verificar a associação entre as ações realizadas pelas equipes de saúde bucal e o porte populacional dos municípios, utilizando-se o teste Qui-quadrado. Os resultados mostraram que algumas variáveis do município estão relacionadas com o desempenho dos indicadores de saúde bucal: municípios de grande porte populacional, maior proporção da população cadastrada e a relação de 1ESF para 1ESB mostraram maiores indicadores para cobertura da primeira consulta, cobertura da ação coletiva de escovação dental supervisionada e média de procedimentos básicos individuais, ao mesmo tempo em que apresentaram baixos valores para o indicador de proporção de exodontias. Quanto às práticas exercidas no âmbito da Estratégia de Saúde da Família, observou-se que as ações de promoção/prevenção foram incorporadas por muitas ESB, necessitando, ainda, adequações como um maior envolvimento com a comunidade de abrangência. No processo de organização das equipes, o diagnóstico da situação de saúde, assim como o planejamento das ações não são práticas comumente realizadas pelos profissionais, prejudicando o estabelecimento do enfoque de risco às populações mais necessitadas. A articulação com a comunidade também necessita de avanços, uma vez que os usuários apenas se beneficiam com algumas palestras, não participando dos processos decisórios das equipes. Pode-se concluir que o estado de Pernambuco apresenta características de diferentes modelos de atenção, demonstrando desde ações mutiladoras à incorporação de ações de promoção e prevenção ao cotidiano das equipes. Entretanto, muitas delas ainda encontram dificuldades para efetivar as práticas relativas à Estratégia de Saúde da Família. Dessa forma, o início do redirecionamento do modelo assistencial em saúde bucal pode ser obtido através do estímulo à educação permanente e o monitoramento e avaliação das ações realizadas |