Avaliação da expressão in vitro de vacinas de DNA contra o Vírus Zika

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Leite, Bruno Henrique de Sousa
Orientador(a): Lins Neto, Roberto Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57783
Resumo: O vírus Zika (ZIKV) é um flavivírus emergente que tem sido associado a distúrbios neurológicos como a Síndrome de Zika Congênita e a síndrome de Guillain Barré. Diante deste quadro, o desenvolvimento de estratégias vacinais capazes de conter a disseminação viral é uma prioridade de saúde pública. Sabe-se que as proteínas de superfície do vírus (Envelope – E e Pré - Membrana/Membrana – prM/M) são as mais antigênicas e indicadas como melhores candidatas à imunização. Desta forma, o nosso grupo de pesquisa desenhou formulações vacinais de DNA contra o ZIKV, a qual apresenta os antígenos vacinais de prM/M-E associados a adjuvantes moleculares visando potencializar as respostas celulares e humorais. As regiões do vírus relacionadas ao ancoramento à membrana celular foram retiradas das sequências finais contidas no plasmídeo. Portanto, nós hipotetizamos que formulações vacinais de DNA associadas a adjuvantes moleculares promovem aumento da expressão dos antígenos do vírus Zika in vitro, conferindo assim, umac maior imunogenicidade da vacina. Os resultados da primeira construção vacinal desenvolvida, p43.2 ZIKV/-C-prM/M-E-LAMP, mostraram que esta vacina expressa os antígenos virais em baixas concentrações quando avaliadas por imunofluorescência em células de mamíferos. Partindo disso, foram desenvolvidas novas formulações vacinais, inseridas no vetor de expressão pcDNA3.1, com substituições do peptídeo sinal da proteína nativa (C- terminal do Capsídeo de ZIKV) pelo peptídeo sinal da proteína do ativador de plasminogênio tecidual (SP-tPA), adição da sequência consenso Kozak, deleção da região Stem (Haste, tradução do inglês) e Transmembrana (TM), e adição ou remoção da proteína LAMP, denominadas neste trabalho como segunda formulações vacinas de DNA. Estas vacinas, foram avaliadas em células de camundongo, BHK-21, quanto aos níveis de expressão das proteínas prM/M-E por ELISA baseado em células e o tráfego celular destes antígenos foram observados por imunofluorescência, com auxílio do microscópio Leica DMi8. Desta forma, foi observado que adjuvantes moleculares inseridos nas sequências vacinais, são essenciais para obter melhores níveis de expressão de proteínas e como melhor candidata, a vacina pCDNA3.1 ZIKVEΔSTEM obteve os melhores resultados quanto à expressão das proteínas virais de ZIKV. Além disso, esta vacina prosseguiu para testes pré-clínicos (in vivo, em camundongos), em colaboração com o grupo da Drª Maria Sato (USP), a fim de validar os efeitos protetores desta formulação.