Poros associados aos receptores P2X7 e TRPV1: eventos comuns em macrófagos peritoneais de camundongos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Leonardo Gomes Braga
Orientador(a): Alves, Luiz Anastacio, Faria, Robson Xavier
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37712
Resumo: O receptor P2X7 (P2X7R) é um canal iônico expresso principalmente em células do sistema imune e está envolvido em processos celulares como inflamação, morte celular e dor. Em concentrações na faixa de micromolar de ATP, o P2X7R é permeável a cátions mono e divalentes, como os íons sódio e cálcio, embora, em concentrações na faixa de milimolar de ATP, o P2X7R apresenta a formação de um poro na membrana plasmática que permite a passagem de moléculas de até 900 Da. Entretanto, poro formado a partir da ativação do P2X7R possui a sua identidade são desconhecida até o momento. De acordo com uma das principais teorias acerca dessa questão, uma proteína distinta seria responsável pela abertura do poro do P2X7R. Nesse contexto, estudamos o envolvimento de uma outra proteína formadora de poros na membrana plasmática. O TRPV1 (em inglês: Transient receptor potential vanilloid 1) é um canal catiônico que participa de diversos processos fisiológicos em comum com o P2X7R, como morte celular, dor e inflamação O composto pungente capsaicina é agonista específico do TRPV1, levando-o a um estado de ativação semelhante ao encontrado no P2X7R, levando à abertura de um poro não seletivo de mesma ordem de grandeza do P2X7R. Assim, o objetivo central de nosso estudo foi verificar a comunicação entre os dois receptores no processo de formação de seus poros. Nossos resultados mostram a expressão e a caracterização funcional do TRPV1 em macrófagos e a abertura de um poro induzido pela capsaicina. Os antagonistas do TRPV1, ruthenium red e capsazepina, inibiram tanto canal como poro formados pelo P2X7R, assim como, os antagonistas do P2X7R, brilliant blue G (BBG) e ATP oxidado, também inibiram canal e poro formados pelo TRPV1. Portanto, os resultados obtidos mostram a existência de sinalização entre os canais e poros formados pelos receptores P2X7R e TRPV1.