Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Carolina Carneiro de Campos |
Orientador(a): |
Costa, Frederico Peres da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45916
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Resumo: |
No Brasil, observa-se um crescente movimento de busca e divulgação de informações sobre saúde e bem-estar nos meios virtuais, especialmente em redes sociais, que se apresentam como importantes espaços de comunicação para grupos sociais com cada vez mais limitada disponibilidade de tempo para atividades interacionais. Neste sentido, acredita-se que as mídias sociais acabam por exercer grande influência em tomadas de decisões, inclusive no campo da saúde, onde são crescentes a busca e a oferta de informações sobre sintomas de doenças, tratamentos e abordagens terapêuticas. Entre estes, inclui-se o uso de plantas medicinais, prática que remonta a tempos distantes e que se caracteriza pela descoberta e transmissão de geração em geração, de propriedades terapêuticas de plantas. O presente estudo tem por objetivo conhecer de que formas os indivíduos buscam e divulgam virtualmente informações sobre plantas medicinais. Para tanto, realiza uma análise de conteúdo de grupos públicos do Facebook que têm como tema principal a divulgação de informações sobre plantas medicinais. A análise das informações levantadas apontou que estes grupos e canais de mídias sociais se constituem importantes espaços de intercâmbio de informações, nem sempre corretas ou seguras segundo parâmetros estabelecidos pela literatura científica de referência, o que coloca a necessidade de pensar estratégias de mediação deste conhecimento, através de ações coordenadas de divulgação científica e de aprimoramento da literacia científica sobre o tema. Na amostragem realizada no dia 18 de julho de 2019 foram encontrados 99 grupos utilizado o filtro \201Cpúblicos\201D com o termo \201Cplantas medicinais\201D. Destes, aplicados os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos na metodologia, resultaram em 10 grupos públicos para a análise dos comentários. Foram coletados 873 comentários ao total e estabelecida 14 categorias empíricas. Dentre estas, a mais citada foi aquela que indicou alguma planta medicinal seguida da categoria que indicava outro tipo de tratamento e aquela que indicava usos do chá da planta. A categoria menos citada foi a que apresentava informação sobre a planta. O menor grupo (grupo cinco) continha 1.109 e o maior (grupo sete) com 276.043 membros. Não foi demonstrado correlação de maior atividade e comentários de quaisquer grupos com a data da criação ou quantidade de membros o que demonstra ocorrer diferentes dinâmicas neles. Pode-se observar que provavelmente o indivíduo pode vir a tomar decisões importantes sobre sua saúde tendo como base tais informações trocadas nesses grupos. Os resultados mostram o desafio de realizar divulgação cientifica sobre plantas medicinais frente a quantidade e qualidade de informações divulgadas nesses grupos públicos. |