Avaliação de um Wetland construído no tratamento de efluentes sépticos: estudo de caso Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Toniato, João Vitor
Orientador(a): Roque, Odir Clécio da Cruz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4602
Resumo: Os atuais níveis de atendimento dos serviços de saneamento no Brasil, principalmente a disposição segura dos esgotos, têm levado grande parte da população à condições de saúde abaixo de um nível adequado. A solução para estes problemas passa necessariamente pela implementação de sistemas de tratamento adequados à realidade do país, ou seja, baratos e de simples operação e manutenção. A técnica aqui avaliada, de wetlands construídos, se enquadra nestes requisitos e mostrou bons resultados durante o período de monitoramento. A metodologia foi baseada na análise da eficiência, através de parâmetros físico-químicos e microbiológicos de qualidade de água, de um sistema de wetland construído de fluxo subsuperficial tratando esgoto séptico de um centro de pesquisa localizado na Ilha Grande, sudoeste do Estado do Rio de Janeiro. Os resultados mostraram remoções satisfatórias para DQO (29 - 87 %); DBO (44 - 88 %); turdidez (73 – 95 %); e ovos de helmintos (ausência em todos amostras para o efluente), mas insatisfatórios para fósforo(-7 – 31 %) e indicadores microbiológicos, coliformes totais (72 – 99,86 %) e Escherichia coli (69 – 99,98 %). O suprimento de oxigênio para o meio mostrou-se insuficiente ou mal distribuído, ocasionando baixa taxa de nitrificação e conseqüentemente pouca remoção para NTK (17 – 33 %) e NH3 (0 – 73 %). Todavia, a grande perda líquida do esgoto pela evapotranspiração reduziu em muito a vazão na saída do tratamento, e ofereceu um descarte seguro para o corpo receptor. De acordo com estes resultados, sistemas wetlands construídos se constituem como boas opções para o tratamento de esgotos domésticos, mas necessitando de uma processo de desinfecção posterior para assegurar condições de descarte que não ofereçam riscos de contaminação fecal.