Gestão de medicamentos vencidos nas drogarias e farmácias no Município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Luciane Alves de
Orientador(a): Abrantes, Shirley de Mello Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35702
Resumo: O gerenciamento dos resíduos sólidos em serviços de saúde, em especial, os medicamentos vencidos ou em desuso, tem recebido cada dia mais importância, devido ao crescente número de estabelecimentos assistenciais de saúde, farmácias e drogarias abertas nos últimos anos, gerando grande quantidade de resíduos dessa natureza. A logística reversa (LR), um tema que é discutido e incentivado a partir da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a lei busca a conscientização ambiental de todos os envolvidos nessa cadeia, desde as empresas responsáveis pela produção até a sociedade. Os resíduos de medicamentos domésticos são descartados de maneira inadequada no lixo comum ou na rede pública de esgoto, gerando contaminação da água, do solo, dos animais e da própria população humana. O objetivo do trabalho é avaliar a gestão de medicamentos vencidos e o sistema de LR nas drogarias e farmácias privadas no Município do Rio de Janeiro. A metodologia baseou-se na pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico sobre descarte de medicamentos no Brasil e no mundo, juntamente com uma pesquisa de campo nas farmácias e drogarias. A coleta de dados ocorreu no período de janeiro a setembro de 2017, através da aplicação de questionário respondido pelos responsáveis técnicos, para obter informações a respeito da metodologia de descarte empregado em cada estabelecimento, nível de orientação e aderência às normas regulamentadoras. Foi investigada a prática destes profissionais em relação à conscientização da população quanto ao correto descarte de medicamentos vencidos e à disponibilização de forma fracionada. Os resultados indicaram que 94% dos estabelecimentos continham o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS); apenas 2% das drogarias e farmácias adotaram o uso de coletores para a LR; 100% dos estabelecimentos não realizam o fracionamento de medicamentos e 83% da população não solicita o fracionamento de medicamentos. Os dados dos questionários avaliados estatisticamente geraram três indicadores de desempenho: elaboração do PGRSS; quantidade de estabelecimentos que disponibilizam coletores de medicamentos devolvidos pela população; conhecimento da legislação vigente relacionada ao descarte de resíduos de medicamentos. Para mitigar o descarte inadequado de medicamentos é importante a adoção de algumas medidas como, o investimento em campanhas de educação ambiental, o fracionamento de medicamentos para a venda e, divulgaçãoe implantação de coletores de medicamentos em desuso. Ao final do estudo foi confeccionado material educativo impresso e digital para instituições que poderiam auxiliar na divulgação das informações sobre o descarte de resíduos de medicamentos direcionado à população sobre a temática em questão.