Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cantanhêde, Lilian Motta |
Orientador(a): |
Cupolillo, Elisa,
Porrozzi, Renato de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28097
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Resumo: |
A leishmaniose tegumentar (LT) é uma infecção de amplo espectro clínico, com manifestações que podem apresentar desde um envolvimento cutâneo (LC) até as formas mais graves da doença, com comprometimento das mucosas (LM). Os fatores que predispõem a evolução clínica têm natureza multifatorial e não estão totalmente esclarecidos. O presente trabalho incluiu a análise de 734 amostras de pacientes, todos do Estado de Rondônia, com suspeita clínica de LT e buscou avaliar diferentes fatores que podem contribuir com a progressão da doença, sendo estes: i) a espécie do parasita, por PCR/RFLP, ii) a presença de um vírus RNA1 no interior de parasitas Leishmania (LRV1), por RT-PCR e, iii) a análise da expressão de 96 genes relacionados resposta imune frente a infecção por Leishmania e de genes de virulência do parasita, por Fluidigm. Foram avaliados também a relação de sensibilidade entre testes moleculares (PCR kDNA e hsp70) e o parasitológico direto em amostras clínicas. Considerando a importância do LRV1 na epidemiologia da LT na região onde realizamos este estudo, foram conduzidas análises filogenéticas do LRV1 em isolados de Leishmania por análise das sequências do vírus Os resultados de 557 amostras positivas para LT demostram que L. braziliensis é o principal agente etiológico de LT em Rondônia (84,79%) e que o perfil de pacientes acometidos é similar ao encontrado em outras regiões, com maior índice de infecção em homens (78,6%), com idade entre 20 e 60 anos, e, que o LRV1 tem uma frequência de 36,2% (N=198), sendo detectado em quatro espécies: L. braziliensis, L. guyanensis, L. lainsoni e L. shawi. Foram identificados genes humanos com expressão aumentada, com destaque para os genes NLRP3, CASP1, IL12, IL21, demonstrando uma efetiva resposta imune pela baixa carga parasitária observada nos pacientes que apresentaram maior expressão desses genes, ao mesmo tempo que foi observado também um aumento da expressão de genes de virulência de Leishmania (TRYR, PRX, MAPK, GSH e GP63). Os testes parasitológicos aplicados demonstraram elevada sensibilidade do PCR kDNA (94,8%), seguido do PCR hsp70 (77,7%) e uma menor sensibilidade do parasitológico direto (63,8%). As análises filogenéticas mostraram que as sequências LRV1 são agrupadas de acordo com as espécies parasitas reforçando a hipótese de co-evolução Leishmania/LRV1. |