Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mercante, Daniel Richard |
Orientador(a): |
Mattos, Inês Echenique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48806
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Resumo: |
Introdução: A população idosa evolui de forma heterogênea no processo de envelhecimento e por isso a utilização somente da idade cronológica como indicador para a escolha da terapia pode não ser o mais adequado. Para auxiliar nessa decisão, os especialistas em Oncogeriatria sugerem a utilização da Avaliação Geriátrica Multidimensional (AGM) que classifica os idosos em relação à sua saúde global. Os pacientes considerados hígidos pela AGM podem ser submetidos a tratamentos mais potentes, enquanto que os não hígidos podem ter suas deficiências identificadas e revertidas se possível, para que possam também ter acesso a terapêuticas que melhorariam o prognóstico. Objetivo: Avaliar a condição de saúde global de idosos com Linfoma não Hodgkin (LNH) por meio da AGM e analisar sua associação com desfechos relacionados às decisões terapêuticas. Material e métodos: Foi realizado um estudo seccional com dados de idosos com LNH, submetidos a um questionário estruturado durante consulta no Instituto Nacional do Câncer (INCa) de fevereiro a julho de 2013. Foram analisados 125 pacientes em relação a variáveis sociodemográficas, clínico-patológicas e relacionadas ao tratamento realizado, após terem sido classificados como hígidos ou não hígidos, com base em três diferentes critérios da AGM. A AGM incluiu diferentes domínios da saúde, como funcionalidade, morbidade, função cognitiva, estado nutricional, estado emocional, uso de medicamentos e apoio social. Resultados: Na análise do grupo observou-se mediana de 68 anos, com 69 (52%) pacientes do sexo feminino e predomínio de linfomas agressivos (58%) e em estadiamento avançado (57%). A prevalência de hígidos variou de 25 a 76% conforme o critério de classificação da AGM selecionado, sendo que idade e escolaridade foram fatores que influenciaram esta avaliação. Em relação ao tratamento, 76% foram submetidos à terapia mais potente com uso de protocolos quimioterápicos utilizando agentes antracíclicos, e, além disso, 26% tiveram que reduzir dose ou suspender a terapia. Em relação a estes desfechos, a classificação pela AGM apresentou associação mais forte do que a variável idade, porém com ausência de significância estatística. Conclusão: A análise da saúde global, utilizando a AGM e seus domínios na abordagem clínica do idoso com câncer tem seu papel estabelecido. Por se tratar de um estudo seccional, com casos incidentes e prevalentes, de um pequeno grupo, ainda são necessários estudos prospectivos para conclusões mais definitivas. |