Prevalência dos fatores de risco associados ao peso corporal na infância e adolescência: estudo em pacientes de um Centro de Referência para tratamento nutricional no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rodrigues, Lúcia Gomes
Orientador(a): Koifman, Sergio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34312
Resumo: Objetivo: Determinar a prevalência e o padrão de distribuição de alterações metabólicas associados ao peso corporal no universo relativo à cobertura ambulatorial para crianças e adolescentes em centro de referencia para tratamento nutricional no Rio de Janeiro. Materiais e Métodos: Foram escritos quatro artigos científicos, cada um dos quais com metodologia específica. O primeiro foi uma revisão sistemática, realizada no PubMed e na BVS, sobre a prevalência da SM em crianças e adolescentes. O segundo foi um estudo observacional transversal em amostra ambulatorial de crianças e adolescentes com alterações metabólicas sugeridas como critérios para SM. O cálculo da prevalência da SM se baseou nos critérios e pontos de corte mais freqüentes segundo uma revisão sistemática. O terceiro foi um estudo transversal com crianças e adolescentes atendidos num centro de referência para tratamento nutricional, entre 1997 e 2008. Realizou-se estatística descritiva, teste t para amostra independente e razão de prevalência com 95% de confiança. O quarto artigo consistiu na construção de referenciais teóricos relativos à gênese da SM na presença e ausência de excesso de peso, com base na literatura e no terceiro artigo. Resultados: A revisão sistemática foi composta de 46 artigos e a prevalência mediana foi de 31,2%. Houve divergência nos critérios, tendo 26 estudos se baseado nos mesmos componentes (TG, HDL-c, glicose, CC e PA), sem consenso nos pontos de corte. Nos demais, houve inclusão de glicemia pós-prandial, IMC, CT, e HOMA-IR. A prevalência da SM, segundo os critérios mais prevalentes da revisão, variou de 55,6% a 74,0%. Apesar da variação, a prevalência foi elevada atingindo, simultaneamente, por todas as propostas, 52,7% da amostra. As anormalidades mais observadas foram obesidade abdominal e hipertrigliceridemia e a menos observada foi a hiperglicemia. No terceiro artigo, a amostra consistiu em 942 e todos os parâmetros antropométricos apresentaram distribuições superiores nos portadores de excesso de peso, onde o z-score do IMC variou de -5,9 a +9,1. O CT e o LDL-c tiveram distribuições semelhantes. Já o HDL-c e os TG foram superiores naqueles sem e com excesso de peso, respectivamente. No quarto artigo, foram construídas duas propostas de marcos teóricos explicativos dos fatores de risco na gênese da SM em crianças e adolescentes com e sem excesso de peso. Conclusão: A prevalência de SM da literatura apresentou uma ampla variabilidade, ocorrendo heterogeneidade, tanto nas variáveis como nos pontos de corte adotados. As alterações metabólicas para SM investigadas foram prevalentes em toda a amostra e o excesso de peso parece ter sido fator determinante. A população com excesso de peso apresentou curvas de idade, peso, IMC, PN, TG superiores e HDL-c inferiores aos sem excesso de peso. A história familiar para obesidade, sedentarismo e a adolescência foram as variáveis significativas para a presença do excesso de peso.