Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Câmara, Juliana Fernandes |
Orientador(a): |
Cardoso, Janine Miranda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48570
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Resumo: |
Este trabalho aborda as articulações entre as desigualdades sociais, a epidemia desíndrome congênita do zika vírus, as responsabilidades pelo cuidado dos bebês nascido neste contexto e acomunicação. Tendo como referência a produção social dos sentidos, buscaresponder como asproduções noticiosas do Jornal Nacional (JN), da TV Globo,e o Repórter Brasil (RB), da TV Brasil,conjugaram as relações entre as desigualdades sociais \2013 em especial, as de gênero, raça, classe e território \2013 que marcam a epidemia de zika no Brasil e a responsabilidade pelos cuidados dos bebês afetados pela síndrome da zika congênita. Propomos uma discussão teórica sobre determinação social da saúde, desigualdades, e as interlocuções entre o direito à comunicação e o direito à saúde. As matérias veiculadas durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional respondem por nosso corpus ampliado e as séries especiais que os telejornais dedicaram à epidemia, em 2016, formam o corpus reduzido da análise. Entrevistas com profissionais que participaram da cobertura foram o outro procedimento metodológico adotado. Entre os resultados, destacamos a conclusão de que as desigualdades sociais, mesmo quando abordadas, não têm destaque na cadeia causal da epidemia, favorecendo sua invisibilidade e enfraquecendo as políticas públicas de cuidado dos bebês nascidos com a síndrome congênita. De formas e em medidas diferentes, tanto o telejornal comercial quanto o telejornal da TV pública do país fazem isso. Concluímos que a produção noticiosa estudada não propôs alteração no posicionamento das mulheres frente à epidemia. Mesmo quando reconhecidas como vítimas, e mesmo quando protagonistas, as mulheres \2013 principalmente as pobres, negras e nordestinas \2013 continuam a responder pelos muitos cuidados que os bebês com síndrome congênita do zikavírus necessitam e deveriam ter garantido o direito de receber. |