Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cássio Daniel Araújo da |
Orientador(a): |
Vasconcelos, Zilton Farias Meira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54556
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Resumo: |
A ventilação não invasiva (VNI) é uma técnica de suporte ventilatório na qual é aplicada pressão positiva nas vias aéreas sem a necessidade de dispositivos invasivos, utilizando interfaces como máscaras para aplicar tal pressão. Este recurso terapêutico tem se popularizado em diversas situações e grupos de pacientes, sendo seu uso em pediatria especialmente particular e crescente nos últimos anos. Objetivos: Investigar o uso da ventilação não invasiva em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital terciário do Rio de Janeiro, descrevendo as principais indicações, modos de aplicação e particularidades no seu uso clínico. Material e métodos: Trata-se de estudo do tipo transversal, descritivo e analítico, que faz parte de um projeto guarda-chuva aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto Fernandes Figueira – IFF/Fiocruz. Os pacientes foram selecionados a partir de busca ativa pelo registro de internações e altas da unidade, sendo selecionados aqueles entre 0 a 18 anos completos que fizeram uso da VNI durante internação no período correspondente entre janeiro de 2018 a dezembro de 2019 na Unidade de pacientes graves (UPG) do IFF/Fiocruz. Os dados de identificação dos participantes foram codificados, e coletadas as informações sobre o perfil clínico, classificação de gravidade, e todas as informações pertinentes ao uso da VNI, como a interface utilizada, modo ventilatório, tipo de ventilador, tempo de uso, desfecho clínico, entre outros. Resultados: Foram registrados 141 pacientes que utilizaram VNI no período, correspondendo a um total de 157 eventos. 56,7% dos pacientes foram do sexo masculino. A mediana de peso variou de 7 a 7,4 kg e a idade mediana de 6 a 6,5 meses entre os dois grupos do estudo. Os diagnósticos de internação envolvendo causas respiratórias compreenderam 76,5% dos pacientes. Do total de eventos da VNI, 45,2% foram eventos como primeira abordagem ventilatória para a insuficiência respiratória, com taxa de sucesso de 77,5%. A avaliação dos casos de falha revelou que as variáveis de gravidade na admissão e predição do risco de mortalidade tiveram forte associação com este desfecho. 61,1% dos eventos totais de VNI ocorreram por meio de ventilador portátil, enquanto as interfaces mais utilizadas foram as máscaras nasais (38,5%). O principal desfecho da internação foi a transferência para a unidade intermediária (48%). Considerações finais: São diversas as evidências e possibilidades para o uso bem sucedido da VNI em terapia intensiva pediátrica, refletindo sua versatilidade clínica e operacional. Além disso, é possível utilizar VNI com sucesso em pacientes graves cuidadosamente selecionados na admissão a partir de escores de gravidade clínica. |