Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Venezuela, Tereza Cristina |
Orientador(a): |
Dias, Ana Elisa Xavier de Oliveira e |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4721
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Resumo: |
A utilização agro-silvi-pastoril de composto orgânico gerado a partir de resíduos sólidos é uma prática utilizada e pode ser uma solução viável para o destino final da fração orgânica do composto de lixo, porém, há poucos estudos sobre a presença de metais tóxicos neste composto. Foi estudado o efeito dos níveis crescentes de composto de lixo urbano em solos de culturas olerícolas. O composto de lixo é um material rico em micro, macronutrientes e matéria orgânica. No entanto a presença de metais tóxicos oriundos do lixo utilizado em compostagem pode limitar a utilização do composto de lixo na agricultura, visto que grandes quantidades destes metais podem ser introduzidas no sistema solo contaminando espécies cultivadas. Assim torna-se necessário avaliar a concentração destes metais conhecendo-se a quantidade destes elementos tanto no composto quanto no solo adubado e nas hortaliças cultivadas nestes solos, isto porque a contaminação ambiental e de alimentos representam um problema de saúde ambiental e de saúde pública. No presente trabalho, foi determinada a concentração de 9 (nove) metais: Ferro (Fe), Cobre (Cu), Manganês (Mn), Cobalto (Co), Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Alumínio (Al), Níquel (Ni) e Cromo (Cr) em solo oriundo de uma região agrícola do Município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil, o qual foi adubado com composto de lixo. Foi analisada também em trabalho paralelo a concentração destes mesmos metais em hortaliças cultivadas neste solo que foi adubado com o composto em estudo. O composto de lixo utilizado no experimento, foi produzido na Usina de Reciclagem e Compostagem da Companhia de Limpeza Urbana - COMLURB - Rio de Janeiro, o qual se assemelhou com a maioria dos compostos produzidos em usinas de outros estados brasileiros. Foram aplicadas, doses crescentes de composto de lixo: 0.0; 12.5; 25.0; 50.0; 100.0 t/ha. O solo analisado foi Cambissolo de alta fertilidade, o que contribuiu para a não aplicação de fertilizantes minerais. O delineamento foi em blocos inteiramente ao acaso e as determinações ocorreram em 4 (quatro) profundidades: 0-5; 5-10; 10- 20; 20-40cm. Foram realizados 4 (quatro) plantios consecutivos. As amostras de solo (antes e depois da adubação), e do composto de lixo utilizado no experimento, foram preparadas segundo o Manual de Métodos de Análises de Solo – Embrapa. As concentrações dos metais foram determinadas em ICP-EAS e comparadas com diversos trabalhos nacionais e estrangeiros. De modo geral os resultados obtidos na análise do solo, estão de acordo com os citados na literatura nacional e estrangeira onde, alguns metais (Co e Al), tendem a se acumular em superfície e outros (Cu, Mn, Cr e Pb), tendem a movimentação. Alguns metais (Cu, Cr e Pb) após a aplicação das doses crescentes de composto de lixo seguiram um determinado comportamento, onde a maior dose do composto correspondeu a maior concentração do metal, outros (Co e Al), apresentou comportamento inverso. Os resultados dessa pesquisa estão de acordo com a expectativa gerada pelas propriedades químicas do solo. Em relação ao teor de metais tóxicos encontrados nos alimentos (vegetais), pertence à outra parte deste projeto de pesquisa e foi desenvolvida pelos técnicos da Empresa Brasileira de Agropecuária – EMBRAPA. Os valores encontrados nas partes comestíveis, também estão de acordo com os limites normais encontrados em plantas. |